A Petrobras anunciou na 6ª feira (16/10) que adiará em cerca de um ano a nova plataforma do projeto integrado do Parque das Baleias, localizado na costa do Espírito Santo, na Bacia de Campos. De acordo com a estatal, a situação do mercado internacional de petróleo, bastante prejudicado pela pandemia, motivou a postergação do projeto de 2023 para 2024.
No Valor, André Ramalho conta que a decisão foi tomada pouco mais de um mês depois da Petrobras anunciar um corte de US$ 24 bilhões em projetos de exploração e produção de petróleo nos próximos cinco anos. O fato do 1º corte anunciado acontecer em um ativo do pré-sal causa uma certa apreensão no mercado – afinal de contas, como Ramalho escreve, “nem mesmo a região mais atrativa da carteira da estatal passará incólume à revisão geral dos investimentos”. Espera-se que a empresa anuncie outros cortes nos próximos dias.
Enquanto isso, a produção de petróleo no Brasil caiu cerca de 5,8% em setembro na comparação com o mês anterior, indo de 3,087 milhões de barris por dia (bpd) para 2,907 milhões bpd. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), também houve queda de 2,74% na comparação do mês com setembro de 2019.
Em tempo 1: A Reuters repercutiu a avaliação que vem sendo feita dentro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que teme que uma segunda onda prolongada da COVID-19 nos EUA e na Europa, junto com um salto na produção de petróleo na Líbia, possa empurrar o mercado global para uma sobreoferta no ano que vem, o que atrasaria ainda mais a estabilização do cenário global pós-pandemia.
Em tempo 2: Apenas 2,5 mil funcionários da petroleira britânica BP aderiram ao plano de demissão voluntária aberto pela empresa para viabilizar o corte de 10 mil postos de trabalho que deve ser feito nos próximos meses. Em junho passado, a empresa afirmou que a situação do mercado global de petróleo e o novo plano de descarbonização de seus negócios motivou a decisão.
Fonte: ClimaInfo
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