A boa notícia da abertura Assembleia Geral das Nações Unidas veio da China: Xi Jinping engrossou o coro de líderes internacionais que apontam a crise econômica provocada pandemia de COVID-19 como uma oportunidade para avançar em medidas de descarbonização da economia mundial. Ele confirmou que a China pretende implementar um plano que permitirá a neutralização de suas emissões de carbono até 2060. Esta é a 1ª vez que Pequim sinaliza abertamente com ações para descarbonizar sua economia nas próximas décadas, em sintonia com as mudanças defendidas pela ONU para viabilizar a contenção do aquecimento global em 1,5°C, conforme definido pelo Acordo de Paris. O Financial Times avalia que o anúncio não é banal, especialmente por conta do tamanho da economia chinesa, o que exigirá uma “reformulação radical” de suas bases. Atualmente, a China responde por quase 30% das emissões globais de carbono. Já a Climate Home ressaltou a diferença de tom e substância entre a fala de Xi Jinping e a de sua contraparte norte-americana, Donald Trump. Falando em EUA, para o Guardian, o anúncio chinês joga pressão sobre Washington, às vésperas de uma eleição presidencial. Enquanto Trump segue mudo com relação a esse tema, o democrata Joe Biden já apresentou um plano climático com metas ambiciosas.
Fonte: ClimaInfo
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