“Entretanto, sabemos que não podemos nos dispersar. Nunca mais poderemos adotar o modo avestruz, onde focamos nos próprios buracos e esquecemos que a comunhão de todos é o melhor antídoto para a sobrevivência de cada um”.
Antônio Silva
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Sem falsa modéstia, nem otimismo ingênuo, estamos prontos, na qualidade de representantes do setor privado, para assumir os rumos de 2021 e fazer dele um ano da recuperação da Economia e do aproveitamento das respectivas saídas que conseguimos inventar. De antemão, sabemos que a economia não irá, de imediato, continuar o processo de recuperação das perdas provocadas pela pandemia nesta última quadra do ano. Sabemos também que alguns setores ainda precisam dos instrumentos e antídotos que nos fizeram mais protagonistas em 2020. E com mais protagonismo podemos apontar onde estão as deficiências, as necessidades e que medidas podem tornar mais consistente a recomposição da Economia. Para isso há uma saída que deu e sempre vai dar certo: radicalizar a interlocução. Este é um dos mais valiosos legados de 2020.
Voluntários, criativos e solidários
Descobrimos, também, no auge da insegurança e do medo de uma situação adversa em que não tínhamos expertise para enfrentar, dimensões surpreendentes de nossas capacidades. Revisitando as Conferências de 2020, a cada semana e em cada reflexão coletiva o valor das sugestões. As contribuições de um grupo generoso, numeroso e cada dia mais voluntário, criativo e solidário, que compartilhou saídas com mais efetividade e habilidade que sequer supúnhamos.
Cansados, mas não desanimados
Seguramos a peteca da Economia sem descuidar de compromissos inadiáveis com a Cidadania. Descobrimos que a solidariedade não mora ao lado, ela subsiste dentro de nós, na partilha do pão e da proteção daqueles nossos heróis que arriscaram a própria vida para salvar a de seus semelhantes. Uma caminhada de preciosa aprendizagem que vamos demorar a avaliar e dela poderemos extrair habilidades para novas empreitadas e prováveis vitórias.
Contra a conspiração, a competência em mutirão
Por isso não podemos temer os desafios que nos aguardam neste ano de interrogações. Mapeamos em 2020 as ameaças que nos espreitam. Conseguimos, com ajuda voluntária de especialistas da mais alta qualidade, descobrir o alcance das esparrelas que os velhos desafetos desenharam. Eles estão com novas estratégias de esvaziamento de nossa economia de acertos. Contra a conspiração, a competência em forma de mutirão. Este é apenas um dos frutos de nosso alinhamento pelo resguardo dos investimentos e compromisso com os segmentos vulneráveis da sociedade em que atuamos.
Metodologia da resistência
A lista das lições ainda precisam ser sistematizadas para otimizar seus efeitos em eventuais reprises de adversidade, mas já podemos listar as guerras que precisaremos vencer para desfrutar um pouco de paz. Entre elas a reforma fiscal e o correspondente resguardo de nossas contrapartidas fiscais. Temos a melhor bancada federal composta de parlamentares aguerridos dos últimos tempos? Temos! Contamos com compromissos da Presidência da República de que não irão esvaziar esta economia de tantos acertos e de reconhecimento internacional por sua capacidade de juntar ecologia e economia como ninguém? Não temos razões para duvidar.
No combate das desigualdades regionais
Entretanto, sabemos que não podemos nos dispersar. Nunca mais poderemos adotar o modo avestruz, onde focamos nos próprios buracos e esquecemos que a comunhão de todos é o melhor antídoto para a sobrevivência de cada um. E mais: apesar de ficarmos 2020 em exposição permanente no imaginário da humanidade, gerando salvadores distintos e obscuro de nossa pátria, uma certeza confirmamos: só quem sabe onde o sapato de nossa caminhada aperta é quem caminha ao nosso lado nesta jornada obstinada para reduzir inaceitáveis desigualdades regionais. Seguiremos irmanados, com absoluta certeza, em 2021 por uma simples razão: este jeito é o único e melhor jeito de resistir e vencer!
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