Nesta terça-feira, 23, o Centro da Indústria do Estado do Amazonas, com o suporte da MB Consultoria, reuniu seus conselheiros e colaboradores para rever, redimensionar e alinhar seu planejamento estratégico aos novos desafios e embates que sacodem o Brasil e o Amazonas, a Amazônia, sua economia e exclusão atávica das prioridades nacionais. Em movimento, a instituição reflete sobre seu papel de “…protagonista, indutora do crescimento, na construção de planos estratégicos de desenvolvimento da indústria de transformação e serviços, por meio de parcerias e foco em resultados”. O ponto de partida, à luz do próprio desempenho, e a despeito dos abalos institucionais e desacatos constitucionais, é reconhecer que o Cieam avança, mobiliza parceiros e novas parcerias, se instrumentaliza para dar suporte aos seus associados e às novas Indústrias que pretendem ou estudam instalar-se no Amazonas. São significativos os resultados na medida em que as demandas da sociedade se apresentam.
Foco nos associados e na Amazônia
Sacudidas por greves incessantes, coube ao Cieam buscar a justiça para resguardar, em diversas oportunidades, o direito ao trabalho e o resguardo das condições mínimas de produção. Ao mesmo tempo, em parceria com a Fieam e sindicatos, mobilizamos as instituições de segurança para conter a espiral de violência – que assola a cidade e o polo industrial – mazela criminal que ganhou espaço em todo Brasil. Desta mobilização surgiu a Operação Rota Segura, Coordenada e controlada pelo CICC, Centro Integrado de Comando e Controle que congrega os demais órgãos de Segurança, adotando tecnologia de comunicação e alerta; Debates sobre a recuperação da BR-319, o gargalo logístico, a competitividade precária; Participação nas Jornadas do Desenvolvimento para desfraldar mais uma vez as novas matrizes econômicas; A luta pelo PPB é incessante. No país dos impostos, quase sempre mal aplicados, se faz necessária a criação de um Conselho de Acompanhamento para brecar o habitual confisco das taxas da Suframa. As verbas de P&D, recolhidas pelas empresas de Informática, seguem confiscadas e seguiremos pressionando pela sua aplicação local. E quando se fala em indústria em movimento, cabe destacar a parceria de doutoramento interinstitucional em Gestão entre a Universidade do Estado do Amazonas e a Universidade de São Paulo, com 22 bolsas, e a atração da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) da USP, para implantar em conjunto com os atores locais a Fipe Amazônia. Importa saber, por exemplo, quanto custa o serviço ambiental prestado pelas indústrias para o equilíbrio climático do Brasil e da Terra e quais as taxas de retorno para investimentos em bioeconomia. A par disso, além de atuar diretamente na mobilização das entidades do setor produtivo, empresários, profissionais liberais, estamos abrigando temporariamente a Abita (Associação de Bioeconomia e Inovação Tecnológica da Amazônia). Pronuncia-se Ábita, em analogia ao habitat amazônico. Insper, Coalizão Brasil Clima, Agricultura e Floresta, FGV Direito e Economia SP, OIT, Instituto Escolhas, ABRH, são outros parceiros com quem temos atuado para mostrar ao Brasil, com dados e resultados, que ZFM +50 é o maior acerto fiscal do país.
Cultura participativa
Concomitantemente, nos adiantamos em ocupar espaços na Comissão de Revisão dos Incentivos, com estudos próprios e na perspectiva de inserir a cultura participativa entre Estado e Setor Privado. Na caminhada, fomos mostrando a nós mesmos e ao Brasil, o que fazemos com os incentivos e o que mais poderíamos fazer se os recursos recolhidos pela indústria e determinados por Lei para aplicação no desenvolvimento regional fossem criteriosamente aplicados. A indústria em movimento indaga sobre os Conselhos que regem a aplicação destes recursos. E reafirma seu posicionamento para que se cumpra o mandamento legal. Recursos para o turismo, interiorizar o desenvolvimento, para micro e pequenas empresas, pesquisa e desenvolvimento precisam de ter sua aplicação legal respeitada. Manaus é uma cidade industrial e como tal precisa ser tratada, não apenas como fonte de riqueza para a região, mas também pela contrapartida do poder público para dar o necessário suporte de infraestrutura. Nesta semana, sob. Coordenação do Comitê de Logística do Cieam/Fieam e com o respaldo institucional do Comitê Cidadão, estaremos entregando ao poder público municipal a versão do setor produtivo para implementação do Plano de Mobilidade Urbana, uma ação coletiva de quem fornece as condições materiais e padece os descaminhos da mobilidade. Esses são alguns sintomas da multiplicidade e simultaneidade de ações e proposições desta entidade, presente nas redes sociais e mídias tradicionais locais e do país, onde mostramos ao tecido social global o Cieam, a indústria em movimento.
Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do CIEAM. Editor responsável: Alfredo MR Lopes. [email protected]
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