A transparência, nesse contexto, não é um fim em si mesma, mas uma ferramenta para promover o bem comum e um caminho para alcançar uma sociedade mais justa no Amazonas. O desafio que enfrentamos não é apenas institucional; é um chamado ético para que todos os gestores públicos e cidadãos comprometidos com o desenvolvimento social do estado se unam em prol de uma distribuição equitativa dos recursos e oportunidades.
Por Yara Amazônia Lins
_________________
Diante da honraria de recebermos o Selo Diamante em Transparência Pública pelo Programa Nacional de Transparência Pública da Atricon, reafirmamos o compromisso do Tribunal de Contas do Amazonas com o rigor e a integridade na fiscalização do uso dos recursos públicos. Este reconhecimento, repetido pela segunda vez consecutiva, é fruto do trabalho dedicado e competente de cada conselheiro, técnico e colaborador do TCE-AM, a quem rendo meu agradecimento e divido esta honrosa distinção.
Transparência não é apenas uma meta a ser atingida, mas uma obrigação fundamental. Cumprimos com rigor as leis que norteiam a administração pública e, ao fazê-lo, oferecemos à sociedade um instrumento essencial para o exercício da cidadania. No entanto, essa premiação também nos leva a uma reflexão mais profunda sobre a realidade social e econômica em que estamos inseridos.
Pouco antes da solenidade de premiação, fomos confrontados com dados alarmantes do IBGE: mais da metade dos habitantes da capital amazonense vive em condições de favelização. Esses números não apenas nos constrangem, como também nos desafiam. Que sociedade estamos construindo se a geração de riqueza e o desenvolvimento não são distribuídos entre todos os seus integrantes? Como podemos considerar sustentável um modelo que privilegia poucos enquanto a maior parte da população permanece à margem?
Esses questionamentos tocam na essência do que deve ser nosso compromisso público. Temos razões históricas, políticas e econômicas para explicar parte dessa desigualdade – apenas 26% da riqueza produzida no Amazonas é aplicada no Amazonas – mas isso não nos isenta da responsabilidade de agir.
A transparência, nesse contexto, não é um fim em si mesma, mas uma ferramenta para promover o bem comum e um caminho para alcançar uma sociedade mais justa. O desafio que enfrentamos não é apenas institucional; é um chamado ético para que todos os gestores públicos e cidadãos comprometidos com o desenvolvimento social do Amazonas se unam em prol de uma distribuição equitativa dos recursos e oportunidades.
Leia aqui o último artigo de Yara Amazônia:
Que este selo Diamante sirva como um lembrete e um incentivo para continuarmos nossa jornada. Nossa responsabilidade não se encerra com a transparência, mas se expande para a construção de uma sociedade em que o progresso e a prosperidade sejam partilhados.
Yara Amazônia Lins é pós-graduada em Ciências Contábeis pela UFAM e reúne um portfólio robusto em Espírito Publico nos seus mais de 40 anos de serviços prestados ao TCE-AM
Comentários