Pesquisadores da Universidade Federal do Acre (Ufac) e da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) descobriram que óleos naturais como açaí, buriti, dendê, murumuru e patoá são eficazes na preservação de madeiras amazônicas contra bactérias e insetos.
Estas madeiras, utilizadas primordialmente na indústria moveleira, enfrentam desafios de durabilidade devido às condições climáticas adversas e a agentes naturais degradadores.
O estudo, publicado na última sexta-feira na “Revista do Instituto Florestal”, testou cinco espécies de madeira: amarelinho, tauari, gitó, faveira e marupá, expostas por cerca de nove meses às intempéries do clima amazônico no Parque Zoobotânico da Ufac, em Rio Branco. As madeiras foram tratadas por pincelamento com os óleos mencionados e comparadas a amostras sem tratamento, usadas como controle.
Resultados iniciais indicam que os óleos de açaí, murumuru e patoá se mostraram particularmente eficazes, embora a proteção contra fungos ainda necessite de desenvolvimento. A peroba-branca registrou a menor perda de massa, enquanto a faveira foi a mais afetada.
Mara Lúcia Valle, pesquisadora da UFSB e autora do estudo, ressalta a importância de explorar produtos naturais para a preservação de madeiras: “É essencial incentivarmos mais pesquisas nessa área para encontrarmos soluções eficazes e sustentáveis para o tratamento das madeiras, o que também pode beneficiar economicamente a região”, afirma.
Além do estudo atual, a equipe de pesquisa está explorando outras metodologias para aprimorar o uso dos óleos naturais, com esperança de resultados que possam ser aplicados em larga escala e por períodos mais prolongados. Esses avanços prometem não só uma maior durabilidade das madeiras, mas também um impacto positivo na economia local, valorizando recursos naturais de forma sustentável.
*Com informações Agência Bori
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