Cientistas alertam que a mudança climática está intensificando a força dos furacões a um ponto em que uma nova categoria, a sexta, pode ser necessária para classificar adequadamente esses fenômenos devastadores. Em um estudo recente conduzido por Michael F. Wehner, da Divisão de Matemática Aplicada e Pesquisa Computacional do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, e James P. Kossin, do Centro de Ciência e Engenharia Espacial da Universidade de Wisconsin, a proposta de incluir a categoria 6 vem à tona.
Esta nova classificação abrangeria tempestades com ventos sustentados de 300 km/h ou mais, um marco já atingido por cinco megafuracões na última década, incluindo o Haiyan, que deixou mais de 6.000 mortos nas Filipinas em 2013, e o Patricia, com ventos de até 340 km/h em 2015 próximo ao México.
Atualmente, a escala Saffir-Simpson, que data da década de 1970, classifica os furacões de 1 a 5, com a categoria 5 representando ventos de 250 km/h ou mais. Esta escala tem sido insuficiente para descrever a intensidade de eventos recentes, como os que devastaram New Orleans em 2005 e Porto Rico em 2017.
Os cientistas enfatizam que, embora o número total de furacões não tenha aumentado devido à mudança climática, a intensidade desses eventos sim. O aquecimento dos oceanos e da atmosfera está fornecendo energia adicional que aumenta a força dos furacões, elevando os riscos associados a esses desastres naturais.
Wehner expressou ao The Guardian sua preocupação com a possibilidade de furacões categoria 6 atingirem áreas como o Atlântico e o Golfo do México, considerando a sorte até o momento de tais eventos não terem ocorrido nessas regiões. A intenção dos cientistas ao propor a nova categoria é destacar os riscos crescentes trazidos pela crise climática e aumentar a conscientização sobre como as mudanças climáticas estão influenciando a intensidade das tempestades, evidenciando a necessidade de uma escala atualizada que reflita melhor os perigos que representam.
*Com informações UM SÓ PLANETA
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