As comunidades indígenas locais foram fundamentais no processo de seleção das plantas de açaí e das árvores que seriam preservadas, baseando-se em critérios de valor econômico, tradição cultural e importância medicinal. O território, abrangendo quase 280 mil hectares, inclui áreas dos municípios de Santa Luzia do Pará, Nova Esperança do Piriá e Paragominas.
O projeto se fez necessário devido ao declínio na produção de açaí, que caiu de 500 latas diárias no auge da safra de 2021 para menos da metade em 2022, afetando tanto a segurança alimentar quanto o escoamento da produção das aldeias.
Eliezo Pinheiro vê um grande potencial no manejo, que pode aumentar a produção dos indígenas em até cinco vezes nos próximos anos
Produção de açaí na Amazônia: negócios aliados à bioeconomia podem florescer na região. — Foto: GettyImages
A segurança tem sido um aspecto crucial do projeto, com a interação direta entre os indígenas, técnicos da Funai e o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Além disso, as novas plantas de açaí são cultivadas para atingir no máximo 10 metros de altura, reduzindo os riscos durante a colheita. Outras aldeias da região estão sendo visitadas, visando expandir a iniciativa para mais áreas de produção de açaí.
Este projeto representa um esforço significativo na revitalização sustentável da produção de açaí, envolvendo não apenas a melhoria da produção, mas também a preservação de valores culturais e tradicionais dos povos indígenas, bem como a promoção de práticas agrícolas seguras e sustentáveis
*Com informações UM SÓ PLANETA
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