Yara Lins é a primeira mulher do Amazonas a dirigir o Tribunal de Contas. É o olhar, a intuição, a competência da Mulher aplicados ao zelo permanente da aplicação transparente dos recursos públicos. Para este desafio, ela se preparou desde antes do ingresso na UFAM, Universidade Federal do Amazonas, para cursar Ciências Contáveis. “Sempre quis ser responsável pelas Contas Publicas de meu Estado.”, disse em seu discurso de posse. E isso ocorreu não apenas por força de sua paixão pelos números, mas principalmente por entender que os números comandam a vida, as decisões, as conquistas de uma sociedade
Por Cristy Ellen Lopes
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No segundo mandato à frente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, a conselheira Yara Lins, deu uma demonstração clara dos limites de suas atribuições públicas ao instalar o Gabinete de Crise da Saúde nas instalações da Corte. Ela atendeu ao clamor dos mais alcançados pelos problemas na rede pública da saúde. “Saúde é a maior preocupação das famílias por todo o país”. Do Gabinete fazem parte a Assembleia Legislativa, o Ministério Público, a Defensoria Publica e o Conselho Regional de Medicina. Com poucos dias, o impasse entre governo e cooperativas que se arrastava há quase um ano, foi resolvido.
Yara é a primeira mulher do Amazonas a dirigir o Tribunal de Contas. É o olhar, a intuição, a competência da Mulher aplicados ao zelo permanente da aplicação transparente dos recursos públicos. Para este desafio, ela se preparou desde antes do ingresso na UFAM, Universidade Federal do Amazonas, para cursar Ciências Contáveis. “Sempre quis ser responsável pelas Contas Publicas de meu Estado.”, disse em seu discurso de posse. E isso ocorreu não apenas por força de sua paixão pelos números, mas principalmente por entender que os números comandam a vida, as decisões, as conquistas de uma sociedade.
Em conversa com Valdir Corrêa da Rádio Difusora, nesta terça-feira, dia 12, Yara deixou bem claras as razões de sua aparente intromissão em outras esferas da vida pública. Para ela, gerenciar a aplicação dos recursos públicos significa compartilhar a pedagogia dessa administração do erário. É alertar sobre a importância de tratar as verbas públicas priorizando sempre o benefício da sociedade. E quem sabe como isso funciona tem obrigação de compartilhar essas informações.
Com firmeza de quem chegou aonde chegou, como sempre faz questão de repetir, com a graça de Deus, lembrou ao radialista Corrêa que “a Constituição do Amazonas determina o maior percentual do orçamento para a saúde pública. Ou seja, são muitos recursos e, às vezes, precisamos ficar espertos com os riscos do desperdício, das compras mal planejadas, da programação irresponsável que adquire produtos com validade reduzida, por exemplo. O TCE, na gestão de Yara, antes de distribuir lutas ou qualquer espécie de penalização, busca priorizar a qualificação dos responsáveis pelas contas e compras dos diversos organismos públicos. Qualificar é muito melhor que sentenciar. Os riscos de erros são muito mais reduzidos nessa metodologia.
No seu discurso de posse, lembrado pelo entrevistador, dedicou um momento para declarar a base de seus valores: as Escrituras Sagradas, “o manual que orienta toda minha vida pessoal e pública. Meus valores espirituais estão integrados às condutas técnicas necessárias para o exercício justo e satisfatório de minhas atividades”. Segundo ela, no exercício de qualquer auditoria dos recursos públicos, ou de suas atividades rotineiras, sempre começa meditação e oração para, primeiramente, auditar sua vida espiritual.
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