“A Amazônia é a grande solução para os problemas de crescimento brasileiro.” disse o economista e host do podcast, Diálogos Amazônicos em entrevista ao BrasilAmazôniaAgora
BAA – Os Diálogos Amazônicos entram na era do podcast, a tecnológica conversa no pé do ouvido. Qual é o propósito principal da iniciativa?
Márcio Holland – Há várias formas de levar conteúdo para a sociedade; os webinars funcionam muito bem pois são síncronas – quando os panelistas e a audiência estão ao mesmo tempo discutindo e acompanhando as discussões, costumamos repercutir comentários e perguntas de quem nos assiste no mesmo momento. Contudo, é preciso alcançar também um público crescente que gosta de ouvir o conteúdo enquanto realiza alguma tarefa, faz um exercício físico, caminha ou anda de transporte público. Neste caso, o podcast é uma ótima alternativa. Dado o sucesso da série Diálogos Amazônicos pensamos ser importante levar nossos debates sobre os caminhos do desenvolvimento sustentável da Amazônia para mais públicos.
BAA – A Fundação Getúlio Vargas há três anos busca interlocução com os brasileiros interessados na floresta amazônica e sua economia de acertos. Que balanço você faz no final de três anos?
M. H – Pois é, já estamos indo para três anos de webinars; já é uma “webinar series” consolidada, muita gente nos procura e fala sobre os eventos. Mas, um ponto muito importante do Diálogos Amazônicos que inauguramos é o de trazer para os eventos personalidades da região para falar. Temos de falar sobre a Amazônia com quem vive na região. Estamos conseguindo colocar as pessoas para falar e, em muitos casos, acabam virando parcerias de negocios entre elas. Isso é muito bacana.
BAA – O que a Amazônia que você conhece tem para oferecer ao Brasil?
M. H – A Amazônia é a grande solução para os problemas de crescimento brasileiro. Estamos falando do bioma de maior sociobiodiversidade do planeta com muitas soluções na nova economia descarbonizada; estamos falando da bioeconomia, do turismo e de muitas soluções inovadoras na direção da economia de baixo carbono. Além disso, cuidar da floresta amazônica ajuda o Brasil a cumprir suas metas de emissões e na regulação dos regimes de chuva com impactos muito positivos para a produção de alimentos nas demais regiões brasileiras.
Márcio Holland é professor na Escola de Economia de São Paulo da FGV, onde coordena os “Diálogos Amazônicos” e a Pós-Graduação em Finanças e Economia (Master)
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