Cientistas e especialistas climáticos estão alertando para uma temporada de furacões no Atlântico mais intensa do que o usual, impulsionada pelo aumento nas temperaturas oceânicas.
Segundo recentes dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), espera-se que entre 14 a 21 tempestades nomeadas se formem no Oceano Atlântico este ano. Em maio, a previsão era de até 17 tempestades, sendo que uma temporada média costuma registrar 14 eventos. Notavelmente, cinco dessas tempestades já tomaram forma desde o início deste ano.
“O principal catalisador para esse aumento na previsão é o aquecimento da superfície do mar. Junto com o fenômeno El Niño, esses são os principais motivos da incerteza que estamos enfrentando”, explica Matt Rosencrans, meteorologista-chefe da NOAA. Embora o El Niño possa gerar condições que diminuem a intensidade das tempestades, ele menciona que essas mudanças estão ocorrendo mais tarde do que inicialmente antecipado.
Da totalidade de tempestades nomeadas previstas pela NOAA:
- 6 a 11 têm potencial para evoluir para furacões com ventos acima de 119 km/h.
- 2 a 5 desses furacões poderiam se intensificar ainda mais, atingindo ventos sustentados superiores a 179 km/h.
A Colorado State University, em seus recentes estudos, também elevou suas estimativas. A universidade projeta 18 tempestades nomeadas, incluindo as cinco já formadas. De acordo com suas análises, há uma probabilidade de quase 50% dos EUA serem impactados por um furacão de grande magnitude, classificado como categoria 3 ou superior. Outros relatórios, como o do AccuWeather, reforçam esse sentimento crescente de preocupação, conforme apontado pelo Washington Post.
É importante ressaltar que a temporada de furacões estende-se oficialmente de 1º de junho a 30 de novembro, com o auge da atividade tipicamente ocorrendo por volta de 15 de setembro.
À luz dessas previsões, autoridades e residentes das regiões mais vulneráveis são encorajados a permanecerem vigilantes e a se prepararem de maneira adequada.
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