A Amazônia Legal, embora rica em recursos naturais e diversidade biológica, ainda enfrenta desafios significativos quando se trata de indicadores sociais. A falta de acesso a serviços básicos como educação, internet, saneamento básico e saúde, somada à escassez de oportunidades de emprego, coloca essa região entre as mais desfavorecidas do país. A urgência em melhorar essa situação é inegável, e investimentos em infraestrutura representam uma grande oportunidade para melhorar a qualidade de vida e fomentar o desenvolvimento.
Repensando a abordagem da infraestrutura na Amazônia
As estratégias tradicionais que priorizam grandes obras, como a usina hidrelétrica de Belo Monte, provaram ser custosas, ineficientes e prejudiciais ao meio ambiente e às comunidades locais. De acordo com um estudo do Climate Policy Initiative, mais de 4 milhões de pessoas na região ainda têm acesso precário à energia elétrica, apesar da presença da usina. É evidente que uma nova abordagem é necessária, uma que leve em conta as diferenças regionais e promova o desenvolvimento econômico sem causar danos ambientais.
Amazônia: compreender as diferenças regionais dentro da Amazônia é fundamental para pensar em obras que promovam desenvolvimento econômico.
Um estudo do projeto Amazônia 2030 dividiu a região em cinco zonas distintas, cada uma com suas próprias necessidades e potenciais para o desenvolvimento. A compreensão dessas diferenças pode guiar a formulação de políticas e projetos que sejam adequados e benéficos para cada região. Investir na zona desmatada, por exemplo, poderia trazer benefícios imediatos à população local e reduzir a pressão migratória sobre áreas de floresta. Além disso, a melhoria da infraestrutura nesta zona poderia facilitar o acesso a serviços essenciais e impulsionar a produtividade.
Zonas de floresta e sob pressão: um equilíbrio delicado
Investimentos em áreas de floresta e sob pressão requerem uma abordagem cautelosa que leve em conta critérios socioambientais. Grandes intervenções podem ter impactos significativos, desde a especulação imobiliária até o aumento da violência e pressões sobre terras públicas. É crucial avaliar o impacto real dessas obras e comparar alternativas para tomar decisões que minimizem os impactos ambientais e sociais e otimizem o uso dos recursos públicos.
É vital que o Brasil adote uma abordagem realista e equilibrada para o desenvolvimento da Amazônia. Em vez de se concentrar em um único tipo de investimento, é importante identificar as necessidades e comparar alternativas, levando em consideração os custos, benefícios e impactos. Dessa forma, podemos aproveitar ao máximo os recursos disponíveis, promover um desenvolvimento sustentável e equilibrado e preservar a Amazônia para as futuras gerações.
*Com informações de UM SÓ PLANETA
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