Em um cenário marcado por discussões intensas e divergentes sobre questões ambientais, Marina Silva, a atual Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, vem desafiando o que ela rotula de “persistência do negacionismo” no Congresso Nacional. Sua luta não é só pela sustentabilidade, mas também pela credibilidade da política ambiental brasileira.
Em recente entrevista ao jornal O Globo, Silva expressou sua preocupação com a crescente influência de negacionistas do clima no Congresso e os impactos deste movimento na política ambiental. “Há uma parte negacionista [no Congresso] que acha que não tem problema de mudança climática e de desmatamento. Mas existe uma outra parte que acredita na agenda de fomento do ministério, uma agenda de preservação e de uso sustentável”, disse Marina
Diante de tal cenário, Marina Silva reconhece as dificuldades impostas pelo quadro político atual, mas se mantém otimista. A ministra assegura que seu ministério continuará a promover e retomar a política ambiental brasileira, apesar da resistência encontrada
Enquanto isso, a Autoridade Climática, promessa da campanha eleitoral do presidente Lula, ainda aguarda implementação. Quando questionada sobre o atraso, Silva atribuiu a demora à “resistência em criar novas estruturas”, mas confirmou que o projeto já está pronto e avançando nas partes que não exigem aprovação legal
O assunto da hora é o polêmico projeto da Petrobras na foz do rio Amazonas. Silva ressalta o rigor técnico da avaliação do IBAMA e minimiza a aparente divisão dentro do governo. “É uma região de alta sensibilidade, e os posicionamentos ocorrem nos autos. Os técnicos fizeram uma avaliação criteriosa. Aqui nós cumprimos a lei, nem facilitamos nem dificultamos. O IBAMA já deu mais de 2 mil licenças só para a Petrobras”
Em entrevista à revista IstoÉ, a ministra abordou o desafio do agronegócio na implementação de políticas de proteção ambiental e combate ao desmatamento. “O mundo fechará as portas para produtos carbono intensivos. Aqueles que têm pensamentos estratégicos, muitos por compromisso ético, sabem que precisamos fazer o dever de casa. Existem aqueles que são negacionistas, não olham para o que acontece no mundo e para o que a ciência diz. Os que olham farão uma transição. Os negacionistas pagarão um preço muito alto”
A defesa veemente de Silva pelas políticas ambientais e sua crítica direta ao negacionismo climático no Congresso colocam uma luz importante sobre a urgência da questão climática. Seu compromisso contínuo com a proteção do meio ambiente brasileiro e a promoção do uso sustentável de recursos reforça a necessidade de ação imediata e coordenada.
*Com informações do CLIMA INFO
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