Depois de quatro anos de desmonte sistemático, o IBAMA voltou a cumprir sua missão institucional de proteção do meio ambiente no último mês, com a retomada de suas ações de fiscalização contra ilegalidades ambientais.
Para os servidores, a sensação é mista: alívio e satisfação pela retomada do trabalho, lamento por tudo aquilo que foi desmontado e que custará bastante tempo e dinheiro para ser reconstruído.
“O IBAMA voltou, de fato, depois de alguns anos em momentos difíceis de trabalho”, afirmou o presidente interino do órgão, Jair Schmitt, ao Amazônia Real. “O IBAMA voltou nos seus trabalhos de proteção ambiental, combate aos ilícitos, de proteção das Terras Indígenas, então é um momento bastante comemorado aqui pelos servidores e isso reflete no trabalho e na entrega para a sociedade”.
O “teste de fogo” dessa retomada do IBAMA é a desintrusão do garimpo da Terra Yanomami, em Roraima.
Os fiscais do IBAMA estão apoiando as ações da FUNAI, da Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Federal para a retirada dos garimpeiros do território indígena. Outro desafio será garantir que esses invasores não voltem à Terra Yanomami no futuro.
“A estratégia geral é neutralizar, apreender e destruir a infraestrutura usada para cometimento do garimpo ilegal. E, ao mesmo tempo, impedir que suprimentos sejam levados até eles, como combustível, comida, equipamentos, os elementos logísticos que dão suporte ao funcionamento do garimpo”, explicou Schmitt à Deutsche Welle.
Mas não é apenas na Terra Yanomami que o IBAMA está voltando a dar as caras. Na semana passada, seus agentes apreenderam mais de 4 mil m3 de madeira ilegal em uma ação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal em Jacundá, no Pará. A notícia é do site Pará Terra Boa.
Em tempo: O ex-chanceler Luiz Alberto Figueiredo Machado foi indicado como embaixador especial do Brasil para mudança do clima. Ministro das Relações Exteriores no 1º mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, Figueiredo terá como missão dialogar com outros governos, divulgar os compromissos e as ações do Brasil nessa agenda e restabelecer a imagem do país como ator confiável no enfrentamento da crise climática, prejudicada pelo negacionismo do governo anterior. Também será responsabilidade do embaixador “vender” a candidatura de Belém (PA) para sediar a COP30 em 2025, como propôs o presidente Lula. A notícia é do Valor.
Texto publicado em CLIMA INFO
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