Coordenada pelo Idesam, iniciativa da Suframa já teve mais R$26 milhões em projetos de startups e institutos de tecnologia em prol da bioeconomia na Amazônia
Comunicação PPBio
O mês de novembro de 2022 marcou o aniversário de quatro anos da criação do Programa Prioritário de Bioeconomia, o PPBio. O PPBio foi idealizado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) com o objetivo de fomentar acesso ao mercado aos diversos produtos amazônicos através de produção sustentável e agregação de valor e é coordenado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam). Até o final do mês de novembro, já foram investidos mais de R$ 26 milhões captados de 31 empresas do PIM.
Atualmente, o PPBio faz a gestão de 20 projetos em 12 cadeias produtivas amazônicas (pescado, piscicultura, abacaxi, guaraná, açaí, resíduos agroindustriais, castanha, óleos vegetais, produção de baixo carbono, madeira, resíduos orgânicos e plantas medicinais). Oito projetos já foram finalizados, cerca de 20 estão em processo de formalização e captação e mais de 200 fazem parte do “Banco de Projetos”, uma base de dados contendo iniciativas ainda em estágio inicial de desenvolvimento mas que demonstram alto potencial de impacto. Os principais dados de impacto do Programa, além de detalhes sobre os projetos, podem ser acessados no site https://bioeconomia.org.br/, que foi reformulado recentemente.
O PPBio funciona como uma ponte entre empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) e Instituições de Pesquisa Científica e Tecnológica (ICTs) públicas e privadas, incubadoras, aceleradoras e startups com novas tecnologias para destravar os gargalos das cadeias produtivas da bioeconomia amazônica. Como contrapartida dos incentivos fiscais, essas empresas do PIM devem investir em atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de acordo com a legislação. O papel do Programa é fazer a curadoria e captação de recursos dos projetos e operação de recursos de acordo com as normas da Suframa. Os projetos podem ser executados nos estados da Amazônia Ocidental – Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima – e Amapá.
Estudos apontam que o Brasil, apesar de ser dono da maior biodiversidade do mundo, passa muito longe de ser líder de mercado na comercialização de diversos produtos da floresta como castanha, cacau e palmito. Isso, segundo especialistas do Idesam, se deve à falta de estruturação das cadeias produtivas. Para superar esse desafio, é preciso unir ciência e tecnologia para formar ecossistemas produtivos com soluções e agregação de valor.
O Diretor de Inovação em Bioeconomia do Idesam, Carlos Gabriel Koury, destaca que o Programa pretende cumprir um papel importante no ambiente de bionegócios da Amazônia. “O PPBio proporciona às cadeias produtivas suporte a soluções para entraves como envolvimento comunitário, agregação de valor e soluções tecnológicas.”, afirma Koury. “Fomentar essas soluções gera mais emprego e renda no interior e posiciona os bioativos amazônicos em diferentes cadeias produtivas”, complementa o diretor.
Para Paulo Simonetti, líder de captação do PPBio, o Programa funciona como um catalisador da transformação da qualidade de vida das comunidades ribeirinhas. “Ao longo da história, as cadeias produtivas da Amazônia, mesmo as mais importantes como a borracha, receberam pouco investimento em sua estruturação.” Uma das missões do PPBio, seria, portanto, solucionar esse desequilíbrio histórico. Simonetti afirma: “Podemos levar os produtos da Amazônia para um novo patamar de qualidade e agregação de valor, o que impacta não somente o setor produtivo, mas também os próprios povos tradicionais”.
Também em 2022, o Idesam teve a prestação de contas do PPBio aprovada sem ressalvas por auditoria independente. “Esta é uma auditoria específica da execução do Programa Prioritário de Bioeconomia regimentada pelo Comitê de Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (CAPDA/SUFRAMA), para comprovação de execução dos recursos de P&D da Suframa destinados pelo PPBio. Assim, o Idesam reforça suas ações de transparência por meio de auditorias contábeis independentes, realizadas anualmente contemplando todos os recursos e projetos do Instituto”, explica Carlos Gabriel Koury.
FIINSA
Como parte do calendário de atividades de comemoração, o PPBio está correalizando o segundo Festival de Investimento de Impacto e Negócios Sustentáveis da Amazônia (FIINSA), que acontecerá nos dias 29 e 30 de novembro, no Studio 5 Centro de Convenções. O FIINSA reunirá empresas, agentes econômicos e culturais para discutir estratégias de investimentos no desenvolvimento sustentável da Amazônia e é o maior evento do segmento na Região Norte. Dentro do Festival, o Programa promoverá agendas de consultoria técnica para formatação de projetos, momentos de networking e homenagens aos parceiros dos bionegócios amazônicos. As inscrições podem ser feitas no site https://fiinsa.org.br/.
Fonte: Idesam
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