A onça foi encontrada saudável e então foi solta em reserva florestal local.
Uma onça-parda (Puma concolor) deu um susto em uma moradora de Paranaíba, em Mato Grosso do Sul. Em casa, a mulher decidiu ir até o banheiro da área de serviço quando teve uma surpresa: descobriu que o felino estava abrigado no cômodo da residência. A dona da casa chamou a Polícia Militar Ambiental (PMA) de Aparecida do Taboado, que fica a 40 km do município paranaíbano. Capturado, o animal foi devolvido ao seu habitat natural no mesmo dia.
O episódio aconteceu na manhã da última sexta-feira (18), no centro de Paranaíba. Foi a própria moradora da casa quem disse à PMA ter dado de cara com a onça-parda. De acordo com a corporação, apesar da pouca distância que a mulher ficou do felino, felizmente não houve ataque – a aproximação pode fazer o animal se sentir acuado, o que aumenta o risco de um ataque, principalmente se tratando de felinos.
Acompanharam a ação da PMA uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) e um médico voluntário de Paranaíba, que preparou a sedação da onça-parda. Com o uso de dardos, o felino foi anestesiado, em seguida capturado e, por fim, colocado em uma jaula de contenção. A vistoria constatou que o animal se tratava de um macho sem ferimentos e em ótimo estado de saúde.
Soltura
A soltura da onça-parda aconteceu ainda na sexta-feira (18). De acordo com a PMA, o felino foi colocado anestesiado no interior de uma reserva florestal de Aparecida do Taboado (MS). O animal foi monitorado pelos policiais até despertar da sedação, o que ocorreu no final da tarde. “Assim que se restabeleceu, a onça tranquilamente adentrou às matas da reserva, que possui vegetação bastante densa”, informa nota publicada pela PMA.
Sobre a onça-parda
Segundo maior felino do Brasil, a onça-parda ocorre em uma ampla variedade de habitats, desde florestas até formações de savanas e aparece, eventualmente, em ambientes alterados como plantações e pastagens estando presente em todos os biomas brasileiros. De acordo com o ICMBio (Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade), atualmente têm sido cada vez mais frequentes os relatos de aproximação deste animal com o homem.
Entre as causas deste fenômeno estão a severa redução na disponibilidade de habitats, devido ao crescimento urbano desordenado e aumento das atividades antrópicas, e a diminuição de presas. Esses mesmos fatores também são responsáveis pelo acentuado declínio populacional que a espécie vem sofrendo ao longo de toda a sua distribuição geográfica, aponta o ICMBio. A caça e ampliação da malha rodoviária no país também são outros agravantes.
Fonte: O Eco
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