Produzir de forma mais sustentável, preservando o meio ambiente, vai trazer vantagem para as exportações, principalmente as do agronegócio, segundo o colunista Luciano Nakabashi
Por Luciano Nakabashi – Jornal da USP
Os impactos econômicos decorrentes do desmatamento, especialmente na Amazônia, são o tema da coluna Reflexão Econômica desta semana, com o professor Luciano Nakabashi. Para o professor, quando se olha a economia, especialmente dos países desenvolvidos, existe uma importância cada vez maior em relação às questões ambientais e à sustentabilidade.
Produção Sustentável
A produção, de forma geral, tem que ser sustentável, diz Nakabashi. “O que produzimos hoje não pode comprometer o crescimento futuro, não só o crescimento em termos econômicos, mas também a qualidade de vida da sociedade nos diferentes países, por isso a conscientização cada vez maior do desenvolvimento sustentável e da preservação do meio ambiente.”
O professor lembra que vários países impedem ou reduzem a importação de produtos que venham de áreas que foram desmatadas ou com regime de trabalho próximo à escravidão ou com trabalho infantil. “Essas questões têm se tornado cada vez mais importantes, pois delas depende a sobrevivência do próprio planeta, pelo menos como a gente o conhece hoje, portanto, produzir de uma forma mais sustentável, preservando o meio ambiente, vai trazer vantagem para as nossas exportações, principalmente as do agronegócio.”
O professor lembra que o desmatamento na Amazônia também influencia nas mudanças climáticas, pois altera o volume de chuvas decorrente do corredor de umidade que se forma desde a Cordilheira dos Andes e percorre várias regiões do Brasil, inclusive o Centro-Oeste e, com isso, impacta diretamente o agronegócio. “Além das mudanças climáticas, esse processo de desmatamento também é ruim para a imagem do País, pois influencia nas exportações dos produtos do agronegócio e cria problemas de relacionamento com outros países.”
Texto publicado originalmente em Jornal da USP
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