Um cometa com cerca de 18 km de diâmetro fará sua aproximação máxima de nosso planeta no início da madrugada de quinta-feira (14). Batizado de C/2017 K2 (PanSTARRS), ele passará a 270 milhões de km de nosso planeta às 00h09, “perto” em termos astronômicos, porém mais do que a distância média entre Marte e a Terra (225 milhões de km).
Segundo o Observatório Nacional, espera-se que o cometa tenha magnitude 8. Fraco demais para ser observado a olho nu, mas pode ser visível com pequenos telescópios em locais com condições favoráveis. Lembrando que a escala de magnitude é “invertida”: quando maior o valor, menor a visibilidade de um objeto. Vênus, que é o objeto mais brilhante em nosso céu depois da Lua, tem magnitude -4,47.
“O cometa poderá ser observado com o uso de pequenos telescópios ou até mesmo com lunetas, desde que o observador esteja em locais com pouca poluição luminosa, ou seja, locais mais escuros. Os observadores que estiverem no hemisfério sul serão privilegiados para observar o cometa em quase toda a noite do dia 14”, explicou o MSc. Marçal Evangelista Santana, doutorando em Astronomia do Observatório Nacional – unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (ON/MCTI).
Quem quiser tentar observar o C/2017 K2 deve apontar seus instrumentos para a constelação do Ofiúco. Ele começa a noite na direção nordeste, por volta das 18h45 desta quarta-feira (13), e irá se pôr a oeste, às 03h45 da quinta-feira (15).
Quando o cometa C/2017 K2 (PanSTARRS) foi descoberto?
O K2 foi registrado pela primeira vez pelo Telescópio Espacial Hubble em maio de 2017, entre as órbitas de Saturno e Urano e a 2,4 bilhões de quilômetros do Sol, ou seja, 16 vezes mais longe do que a Terra está do Sol.
O cometa já estava ativo quando foi descoberto e, desde então, vem se movendo em direção ao Sol. Segundo alguns trabalhos recentes, ele pode ter iniciado sua atividade quando estava além da órbita do planeta Urano.
Inicialmente, as observações mostraram que o cometa tinha um núcleo grande e uma coma densa. Além disso, os dados do Hubble indicaram que ele poderia ter 18 quilômetros de extensão e o tamanho de sua cauda é estimado em cerca de 800.000 quilômetros de comprimento, de acordo com observações iniciais.
“O estudo de cometas como o C/2017 K2, permite que os astrônomos monitorem a atividade desde grandes distâncias heliocêntricas até distâncias menores. No caso do cometa C/2017 K2, desde sua descoberta em 2017, diversos estudos têm sido realizados para entender quais gelos e a que distâncias as atividades começaram e como essa atividade evolui à medida que o cometa se aproxima de seu periélio”, comentou Marçal.
Fonte: Observatório Nacional
Texto publicado em CANAL TECH
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