A região metropolitana de São Paulo está entrando em sua temporada seca com seu principal reservatório no pior nível em seis anos. O Sistema Cantareira, que abastece a maior parte da capital paulista e dos municípios de seu entorno, fechou abril com 44% de sua capacidade operacional, com o total de chuvas do mês (16 mm) representando apenas 16% da média histórica (83,2 mm). Este é o pior índice desde 2016, na esteira da crise hídrica que atingiu SP no ano anterior, quando o volume de ocupação da Cantareira fechou o mesmo mês com 36,3%.
Ao Estadão, o professor da USP Pedro Luiz Côrtes demonstrou preocupação com a situação do Cantareira. “O ideal seria que o sistema tivesse pelo menos 60% do nível no período de estiagem, porque a população consome entre 25% e 30% do volume durante os meses secos. Se consumirmos 30% vamos chegar ao final do ano com apenas 15% de água armazenada nesse sistema, o que é muito baixo e isso pode ter realmente repercussões muito ruins para o abastecimento”, explicou.
Por ora, a SABESP afirmou que não há risco de desabastecimento hídrico na Grande SP, destacando que os níveis dos demais reservatórios que atendem à região – Alto Tietê (61,7%), Guarapiranga (87,6%), Cotia (91,4%), Rio Grande (102,9%), Rio Claro (50,7%) e São Lourenço (93,5%) – estão melhor do que o da Cantareira. O g1 também repercutiu a notícia.
Em tempo: Ainda sobre SP, o Estadão destacou os resultados de um estudoque analisou como a expansão das áreas verdes na capital paulista pode contribuir para diminuir a mortalidade por doenças associadas à poluição atmosférica. Segundo a análise, a criação de novos parques e a implementação de medidas de mobilidade verde dentro da maior metrópole da América do Sul podem evitar mais de 11 mil mortes relacionadas a doenças cardiovasculares e respiratórias causadas pela poluição atmosférica e pelo calor intenso. “Nossa análise mostra que 17% do total anual de mortalidade por causas naturais em São Paulo – 11.372 mortes atribuíveis – poderia ser evitado se a cidade cumprisse as recomendações internacionais ou locais para poluição do ar, espaços verdes e temperatura”, observaram os autores, do Instituto Global de Saúde de Barcelona (Espanha).
Fonte: Clima Info
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