As chuvas que atingiram o leste da África do Sul na semana passada causaram um desastre climático sem precedentes no país. Até ontem (17/4), as autoridades sul-africanas confirmavam a morte de mais de 400 pessoas, impactadas principalmente pelas inundações na região de Durban. As equipes de resgate seguem em alerta máximo em toda a província de KwaZulu-Natal, pois as chuvas seguiram neste final de semana. Ao menos 27 pessoas continuam desaparecidas. Mais de 13,5 mil residências foram destruídas pelas enchentes, com dezenas de milhares de pessoas desalojadas.
Na última 6ª feira (15/4), o presidente Cyril Ramaphosa classificou as inundações como “uma catástrofe de enormes proporções, nunca antes vista em nosso país”. Dias antes, em visita às vítimas, Ramaphosa já tinha ressaltado o impacto da crise climática como principal fator por trás do desastre; por outro lado, algumas lideranças comunitárias acusaram o governo sul-africano de não investir em infraestrutura e no reforço à resiliência climática das populações mais vulneráveis. Nesse ponto, o Climate Home destacou a falta de sinalização prévia das autoridades do país sobre o risco das chuvas. O serviço meteorológico da África do Sul, por exemplo, tinha previsto a possibilidade de inundações-relâmpago por conta do grande volume de precipitação 24 horas antes das chuvas começarem; no entanto, ninguém foi notificado pelo governo, o que contribuiu para ampliar as perdas humanas desse desastre.
AFP, Deutsche Welle, Guardian e Reuters repercutiram o impacto das chuvas na África do Sul.
Em tempo: Nas Filipinas, o número de mortos pela tempestade tropical Megi aumentou para 167 pessoas, sendo que 110 seguiam desaparecidas até o último sábado (16/4). Segundo o governo filipino, pelo menos 227 mil pessoas ficaram desabrigadas por conta das inundações e deslizamentos de terra provocados pela tempestade. Em todo o país, mais de 1,5 milhão de pessoas foram afetadas direta ou indiretamente. BBC, Deutsche Welle e Reuters deram mais informações.
Fonte: Clima Info
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