Algumas áreas da Amazônia, como São Félix do Xingu (PA), podem gerar uma receita de até R$ 132 bilhões, principalmente por venda de créditos de carbono. O Jornal Nacional, da Rede Globo, deu destaque ao estudo do Projeto Amazônia 2030 que mostra as áreas mais interessantes para o reflorestamento por terem custos menores e maior potencial de retirada de carbono da atmosfera. Além de ser mais barato investir nestas áreas, o investimento protege a biodiversidade e gera emprego e renda para populações desassistidas.
As áreas prioritárias identificadas no projeto correspondem a 10% da Amazônia degradada. O estudo ainda aponta um caminho para que a pecuária deixe de ser a principal causa do desmatamento, pois é possível manter a mesma produção em área menor e dedicar a não utilizada à restauração – a qual pode gerar renda superior à gerada pela pecuária.
Em entrevista ao Um Só Planeta, Marina Piatto, do Imaflora, disse que o “desenvolvimento limpo traria ganho econômico ao Brasil”. Marina acredita que 2022 será um ano de grande importância para o acesso ao mercado sustentável pelo setor agro; também será o primeiro de implementação do novo Plano ABC+, com metas definidas pelo Ministério da Agricultura para a redução de emissões.
“A maior concentração de riquezas do mundo está na Amazônia. Acontece que a estamos predando e destruindo por nada. No mundo de hoje precisamos tanto da preservação ambiental, do sequestro de carbono, e temos no Brasil a maior riqueza para negociar com o mundo. Mas estamos jogando a floresta no chão por ignorância profunda”, afirma o fotógrafo Sebastião Salgado em entrevista ao Valor Econômico sobre suas viagens e estudos na Amazônia e sobre sua exposição em São Paulo, resultado de 48 expedições fotográficas na região. “Sabe qual o preço da floresta amazônica quando a gente derruba? Parece que não custa nada. O preço é a quantidade de dinheiro que teremos que colocar para refazer a floresta que destruímos”, comentou Salgado.
Fonte: ClimaInfo
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