De acordo com o Dicionário Oxford, a palavra gaslighting significa “a ação de manipular alguém por meios psicológicos para aceitar uma falsa representação da realidade ou duvidar de sua própria sanidade”.
A tática é implantada em relação às mudanças climáticas: “soluções climáticas” que protegem, se não impulsionam, os lucros das grandes corporações são implantadas e apresentadas como a única forma de combater as mudanças climáticas, informa a Al Jazeera.
Muitas vezes, essas mesmas corporações são responsáveis pela devastação ambiental que leva à atual crise climática. O green gaslighting vai além do greenwashing – que consiste no uso de temas ecológicos como ferramenta de marketing para encobrir os danos ecológicos de atividades lucrativas. O gaslighting faz mais do que enganar o público, também enfraquece e mina o potencial de identificação das causas profundas das mudanças climáticas e as formas de abordá-las. Em essência, o gaslighting verde é apenas outra forma de negação climática.
Um artigo publicado no The Guardian traz exemplos de green gaslighting na prática. Por exemplo, um projeto de Soluções Baseados na Natureza que tinha como objetivo ser de compensação dos danos causados pela perfuração de petróleo, longe de compensar, poderia agravá-lo.
As jovens ativistas, Vanessa Nakate e Luisa Neubauer, enfatizam que ao invés de termos reduções rápidas de emissões de gases de efeito estufa, seguimos testemunhando o aumento das emissões globais e temperaturas extremas. “Países como a Alemanha, a casa de Luisa, que foi elogiada pelos níveis mais baixos de emissões durante o primeiro ano da pandemia, tiveram um aumento de 4,5% nas emissões em 2021. As emissões globais são projetadas pelo Global Carbon Project para aumentar 4,9% em 2021”, analisam em artigo publicado no Independent.
Fonte: ClimaInfo
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