Temos um cenário visível que é uma disputa de grupos políticos e econômicos. Temos um cenário invisível que é uma disputa por comandos tecnológicos e econômicos. Para quem gosta de teorias de conspiração, pode começar a olhar de onde vem e para onde vai o dinheiro. Questões ambientais, drones, biotecnologias, internet e engenharia atraem dinheiro. Manaus poderia ser o centro de todas estas questões, atraindo as pessoas e o dinheiro. Precisamos sair das distrações e parar de destruir a riqueza do futuro. Chega de distrações.
Augusto Cesar Barreto Rocha
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O campo de batalha no mundo é tecnológico. A forma que cada país se posiciona na concepção, produção, difusão e consumo de tecnologias está conduzindo as economias e as vidas de todos nós. Quando optamos por papéis ativos, poderemos assumir a possiblidade de estar na vanguarda e na liderança econômica. Quando nos opomos às possibilidades de estarmos neste jogo, desde as fases iniciais, assumiremos, no máximo, a condição de meros consumidores. Onde exatamente queremos estar no futuro, prescreve o que faremos hoje.
Manaus já é um centro de produção de produtos tecnológicos para o consumo. Aqui existe o potencial humano e de ambiente para ser transformado em um dos centros nacionais para a concepção de tecnologias. Entretanto, os movimentos dos últimos anos têm levado a nosso da condição de possível fornecedor de produtos para a condição de meros consumidores. Onde exatamente pretendemos nos posicionar no futuro? Se somarmos a isso a necessária trajetória para a neutralização do carbono e de questões ligadas ao meio ambiente, poderíamos ter aqui o centro da construção de um futuro próspero.
A Desorientação Estratégica que temos empregado sistematicamente contra a ciência e a tecnologia cobrará um preço alto em nosso futuro. Os membros do Estado e do Empresariado brasileiro precisam estar atentos para evitar que isso aconteça. Falar contra vacinas e simultaneamente estimular o consumo de tecnologia 5G estrangeira é muito mais danoso do que se pode imaginar. Enquanto deveríamos estar criando musculaturas em cérebros, estamos achando bacana queimar árvores. Enquanto deveríamos caminhar para uma indústria neutra em carbono, estamos derramando mercúrio nos rios, atrás de um ouro de tolo.
A riqueza de século XXI está nas redes científicas de alta tecnologia, integradas com empresas, que produzem alta tecnologia e liderança global. As guerras de narrativas são conduzidas com esta questão em mente. Sem Engenharia avançada, estaremos fora do jogo. Temos um cenário visível que é uma disputa de grupos políticos e econômicos. Temos um cenário invisível que é uma disputa por comandos tecnológicos e econômicos. Para quem gosta de teorias de conspiração, pode começar a olhar de onde vem e para onde vai o dinheiro. Questões ambientais, drones, biotecnologias, internet e engenharia atraem dinheiro. Manaus poderia ser o centro de todas estas questões, atraindo as pessoas e o dinheiro. Precisamos sair das distrações e parar de destruir a riqueza do futuro. Chega de distrações.
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