Mercados operam em sua maioria no positivo no exterior, na abertura da última semana do ano, que registra menor liquidez
A última semana do ano será mais curta, com os mercados fechando na sexta-feira, e com liquidez mais reduzida.
No exterior, os índices futuros americanos operam em alta e na Europa as bolsas operam predominantemente no positivo.
No radar dos investidores, porém, segue o monitoramento em relação ao avanço da variante ômicron da Covid-19.
Por aqui, seguem as negociações em relação ao reajuste do funcionalismo público.
1. Bolsas Mundiais
Estados Unidos
No domingo, Anthony Fauci, uma das autoridades médicas com maior visibilidade dos Estados Unidos, afirmou que americanos devem se manter vigilantes quanto à alta de casos da variante Ômicron no país.
Ele alertou que a variante pode sobrecarregar os hospitais, apesar de estudos divulgados na semana passada na África do Sul e no Reino Unido indicarem que seus sintomas são menos severos.
Mais de 2.800 voos foram cancelados no final de semana do feriado nos Estados Unidos por conta da propagação da Ômicron.
Também no domingo, a vice-presidente dos EUA Kamala Harris afirmou que o governo Biden está buscando formas de avançar com o seu programa de estímulos “Build Back Better”.
Futuros dos EUA às 7h20:
- Dow Jones Futuro (EUA), +0,01%
- S&P 500 Futuro (EUA), +0,14%
- Nasdaq Futuro (EUA), +0,26%
Ásia
Dados divulgados na segunda-feira pelo Escritório Nacional de Estatísticas indicaram alta de 9% no lucro industrial da China em novembro em relação ao mesmo mês do ano anterior.
No sábado, a autoridade monetária do país prometeu maior apoio econômico à “economia real”, e reiterou o compromisso com um crescimento “saudável” no setor de propriedades, em contraste com o Federal Reserve e bancos de outros países, que vêm sinalizando cortes de estímulos como forma de lutar contra a inflação.
Na China, o índice Shanghai composto fechou em leve queda, e o componente Shenzhen, em leve alta na segunda. No Japão, o Nikkei recuou, assim como o Kospi, na Coreia do Sul.
Índices da Ásia no fechamento
- Nikkei (Japão), +0,83% (fechado)
- Shanghai SE (China), -0,06% (fechado)
- Hang Seng Index (Hong Kong), +0,13% (fechado)
- Kospi (Coreia do Sul), -0,43% (fechado)
Europa
Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, avança 0,01%. No Reino Unido, o número de novas infecções continuou a ultrapassar, no final de semana, a marca de 100 mil. Este número também foi ultrapassado pela primeira vez na França.
Índices da Europa
- FTSE 100 (Reino Unido), não abriu
- Dax (Alemanha), +0,15%
- CAC 40 (França), +0,15%
- FTSE MIB (Itália), +0,24%
Commodities
Os preços do barril do petróleo e do minério de ferro recuam neste início de semana.
- Petróleo WTI, -1,41%, a US$ 72,75 o barril
- Petróleo Brent, -0,13%, a US$ 76,04 o barril
- Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve baixa de -3,33%, a 683 iuanes, o equivalente a US$ 107,19
Bitcoin
- Bitcoin, +1,61% a US$ 50.807,59 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
2. Agenda
Brasil
- 8h: Confiança da indústria relativa a dezembro
- 8h25: Boletim Focus do Banco Central, com a expectativa de economistas quanto a indicadores como inflação, juros e PIB
- 14h: Receita Tributária Federal
- 15h: Balança comercial semanal
Japão
- 20h30: Taxa de desemprego relativa a novembro
- 20h50: Produção industrial relativa a novembro e projeções relativas a dezembro e janeiro
3. Reajustes
Em sua transmissão semanal pelas redes sociais na quinta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que os recursos do Orçamento não estão reservados para o reajuste de policiais.
Semana passada, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento de 2022 com reserva de R$ 1,7 bilhão para reajuste a forças federais de segurança e cerca de R$ 800 milhões para agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias. Segundo Bolsonaro, o governo esperará a situação se acalmar para definir como será distribuído o dinheiro.
Em entrevista em frente ao Palácio do Planalto na sexta, Bolsonaro afirmou: “Me coloco no lugar deles. Os [cerca de] R$ 2 bilhões, vai ser decidido para quem ir. Pode ser que parte vá para o pessoal da Receita [Federal], pode ser para pessoal dos policiais, para ninguém, ou dar menos de 1% para todo mundo. Deixa acalmar um pouquinho aí que a gente toma a melhor decisão”.
A fala ocorre em meio a protestos de servidores da Receita, que aprovaram greve nacional a partir desta segunda.
Desonerações
O presidente Jair Bolsonaro disse na sexta-feira que sancionará a proposta aprovada pelo Congresso que prorroga até o final de 2023 a desoneração da folha de pagamento para vários setores e afirmou que o Ministério da Economia deveria ter atendido a uma reivindicação de servidores da Receita Federal antes que eles aprovassem uma greve.
“Determinei ontem, quando fiquei sabendo do imprevisto, falei ‘vou sancionar’, não interessa em que condições, vou sancionar porque é uma desoneração”, disse Bolsonaro a jornalistas em Brasília.
4. Covid
No domingo (26), o Brasil registrou 27 mortes por Covid-19 em 24 horas. Assim, a média móvel de mortes por Covid em 7 dias no Brasil ficou em 92, queda de 46% em comparação com o patamar de 14 dias antes, segundo informações do consórcio de veículos de imprensa divulgadas às 20h.
Os números continuam a ser afetados por um ataque hacker realizado em 10 de dezembro contra o site do Ministério da Saúde e ao aplicativo e à página do ConectSUS, que vêm prejudicando o registro de casos por estados.
Em um dia foram registrados 4.984 novos casos de Covid. A média móvel de novos casos em sete dias foi de 3.681, o que representa queda de 40% em relação ao patamar de 14 dias antes.
Chegou a 142.548.160 o número de pessoas totalmente imunizadas contra a Covid no Brasil, o equivalente a 66,82% da população.
O número de pessoas que tomaram ao menos a primeira dose de vacinas atingiu 160.952.162 pessoas, o que representa 75,45% da população. A dose de reforço foi aplicada em 24.602.605 pessoas.
Vacinação de crianças
Na noite de quinta-feira (23), o ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou em entrevista coletiva que será exigida prescrição médica para a aplicação da vacina da Pfizer em crianças com entre 5 e 11 anos de idade.
Isso acontece mesmo após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ter autorizado a aplicação da vacina em crianças desta faixa etária, o que vem fazendo com que seja pressionado, inclusive por sociedades médicas e científicas, a iniciar a vacinação de crianças.
Já na sexta (24), a Pfizer afirmou que espera iniciar em janeiro a entrega de doses para crianças de sua vacina contra Covid-19 ao governo brasileiro.
Também na sexta, o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde dos Estados) afirmou em nota que não exigirá a apresentação de uma prescrição médica para vacinar crianças contra a Covid-19.
Compra de vacinas
Também na sexta, o presidente Jair Bolsonaro assinou duas medidas provisórias que preveem gastos de R$ 10,5 bilhões, dos quais R$ 4,1 bilhões são para o pagamento do auxílio emergencial à população vulnerável impactada pela pandemia de Covid e R$ 6,4 bilhões para a compra de vacinas.
5. Radar Corporativo
Magazine Luiza (MGLU3)
A Magazine Luiza emitirá aprovou em reunião extraordinária do conselho a emissão de duas milhões de notas de dívida, não conversíveis em ações, no valor de R$ 1 mil cada, buscando, então, levantar um montante de R$ 2 bilhões. Os papéis vencerão em dezembro de 2026, com pagamentos em todo dia 15 de junho e de dezembro de cada ano.
Segundo a varejista, os recursos obtidos por meio da emissão serão utilizados para a otimização do fluxo de caixa no curso e na gestão ordinária dos negócios.
Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras anunciou, após o pregão da última quinta-feira (23), a venda da totalidade de sua participação nos 11 campos de produção terrestre do Polo Carmópolis, em Sergipe.
O valor da venda é de US$ 1,1 bilhão, sendo US$ 275 milhões a título de sinal, US$ 550milhões no fechamento da transação e US$ 275 milhões 12 meses após o fechamento.
Cyrela ( CYRE3)
A Cyrela Brazil Realty acertou compromisso com a HBR Realty para venda de unidades autônomas não residenciais e fachadas ativas em empreendimentos na cidade de São Paulo, onde serão desenvolvidos empreendimentos de uso misto (residencial e comercial).
A venda saiu por R$ 284,7 milhões, com pagamento previsto da seguinte forma: sinal correspondente a 10% do total em até 30 dias; parcelas iguais, mensais e sucessivas, devidas até a expedição do Habite-se dos empreendimentos; e o restante do valor devido em parcela única, em até 15 dias contados da data de expedição do Habite-se.
Fonte: InfoMoney
Comentários