As tempestades de poeira estão virando fenômenos rotineiros no Sudeste e no Centro-Oeste. Nas últimas semanas, pelo menos seis estados brasileiros registraram eventos desse tipo, e o mais recente aconteceu na 6ª feira (15/10) na região de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O roteiro é parecido em todos os casos: a chegada de ventos fortes associados com tempestades acaba levantando a terra ressecada do solo, criando nuvens densas de poeira (chamadas de haboob).
No aeroporto da capital sul-matogrossense, as rajadas de vento atingiram mais de 94 km/h. O vento forte danificou construções e deixou diversos municípios do estado sem energia elétrica ao longo do final de semana. A passagem da nuvem de poeira transformou uma tarde ensolarada e quente em um cenário digno de blockbuster apocalíptico.
Infelizmente, a passagem do haboob no MS também deixou mortos. Um barco-hotel naufragou no rio Paraguai próximo a Corumbá depois de virar na água por causa da ventania. Pelo menos sete pessoas morreram, sendo quatro da mesma família.
Agência Brasil, Correio Braziliense, g1, O Globo e VEJA, entre outros, repercutiram a tempestade de poeira no MS. CNN Brasil e Jornal Nacional (TV Globo) mostraram imagens surpreendentes do fenômeno.
Em tempo: O artista e ativista Mundano usou cinzas produzidas pelas queimadas no Pantanal, Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica para fazer um gigantesco mural em São Paulo, chamando a atenção do público para o desastre ambiental vivido pelo Brasil. Com mil metros quadrados, o painel faz uma releitura do quadro “O Lavrador de Café”, do pintor Cândido Portinari, mostrando um brigadista contemplando a destruição causada pelo fogo na vegetação. “É um grande grito. A gente vive as mudanças climáticas, nosso tempo está acabando. A Amazônia já emite mais CO2 do que ela absorve, então o planeta está desequilibrado”, disse Mundano ao Jornal Nacional. Folha e Reuters também repercutiram a intervenção artística.
Fonte: ClimaInfo
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