Enquanto alguns países tentam diminuir a expectativa em torno da COP26 para prevenir eventuais frustrações, o futuro presidente da Conferência pisa no acelerador e joga pressão sobre os negociadores. Alok Sharma defendeu nesta semana que os governos apresentem compromissos e viabilizem o limite de 1,5oC para o aquecimento do planeta neste século em relação aos níveis pré-industriais, o objetivo mais ambicioso do Acordo de Paris.
“A COP26 não será uma sessão de fotos ou talk shop. Deve ser um fórum onde colocamos o mundo no caminho certo para cumprir nossos compromissos climáticos. E isso depende dos líderes: foram eles que fizeram uma promessa ao mundo há seis anos, em Paris. E são eles que devem honrá-lo agora”, disse Sharma em discurso realizado na UNESCO, em Paris, na 3ª feira (12/10). Associated Press, Bloomberg , POLITICO e Reuters repercutiram a fala do presidente da COP de Glasgow.
Ainda sobre as pressões pré-COP, Chloé Farand destacou no Climate Home que o governo do Reino Unido está intensificando esforços para atingir a meta de US$ 100 bilhões anuais para financiamento climático pelos países em desenvolvimento. Esse montante tinha sido prometido em 2009, nos escombros da Conferência de Copenhague (COP15), para ser atingido em 2020; no entanto, os volumes de financiamento ainda estão na casa dos US$ 80 bilhões anuais, mesmo com as promessas recentes de Estados Unidos e União Europeia para aumentar esses recursos. As nações pobres e vulneráveis entendem que essa promessa precisa ser cumprida para viabilizar seus próprios planos climáticos sob o Acordo de Paris.
Ainda sobre a COP26, o governo britânico confirmou que os organizadores da Conferência pretendem cobrir eventuais custos de isolamento para negociadores e representantes de países em desenvolvimento em Glasgow que venham a ser diagnosticados com COVID-19 durante o evento. Jornalistas e observadores da sociedade civil dessas nações também terão esse benefício. O Climate Home deu mais detalhes.
Fonte: ClimaInfo
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