A falta de verba no INPE pode inviabilizar o monitoramento via satélite do Cerrado. Como lembra a Vanguarda/G1, os recursos garantem o funcionamento do sistema somente até o final de dezembro. O momento é o pior possível para esse tipo de notícia: o bioma registrou em agosto seu maior desmatamento desde 2012 e os focos de incêndio também se multiplicam.
O monitoramento existe desde 2016, por meio de um projeto financiado pelo Forest Investment Program (FIP) administrado pelo Banco Mundial. A verba inicial de US$ 9 milhões se encerraria em 2020, mas os pesquisadores do INPE conseguiram estender a utilização dos recursos até o final deste ano. No entanto, não há nenhum sinal por parte do governo federal de que haverá recursos para financiar a iniciativa para além desse prazo.
Sem o monitoramento, até mesmo informações meteorológicas necessárias para a produção agrícola na região ficarão comprometidas. O Globo também repercutiu a situação.
Enquanto isso, cerca de 14 mil hectares do Cerrado da região da Chapada dos Veadeiros já foram queimados por incêndios florestais na última semana. Cerca de 150 bombeiros e brigadistas lutam desde o final de semana retrasado para conter o fogo, sem sucesso. De acordo com o ICMBio, as chamas ainda não atingiram a área do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, mas o tempo seco e o vento forte aumentam o risco do fogo se aproximar. Agência Brasil, G1, Metrópoles e O Globo deram mais informações.
Em tempo: No podcast Habitat (Folha), Jéssica Maes e Natália Silva explicaram como a destruição do Cerrado está prejudicando as principais bacias hidrográficas do Brasil. Isso porque a diversidade vegetal do bioma facilita a absorção de água da chuva, que depois alimenta rios como o Paraguai e o Paraná.
Fonte: ClimaInfo
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