Uma análise da consultoria Rystad Energy mostrou que o aumento dos custos de produção de painéis fotovoltaicos pode atrapalhar a transição energética global para fontes mais limpas, o que ameaçaria as metas climáticas definidas pelo Acordo de Paris. De acordo com o relatório, o preço médio global dos painéis solares aumentou 16% neste ano, puxado pelo aumento dos custos do polisilício e da prata. Esse encarecimento deve limitar o crescimento da oferta e da demanda na próxima década. Atualmente, o setor consegue produzir 330 GW em painéis por ano, mas essa capacidade precisa aumentar para pelo menos 1,2 mil GW até 2035 para viabilizar o limite de 1,5°C no aumento da temperatura média global neste século em relação aos níveis pré-industriais. Bloomberg e Valor deram mais informações.
Isso pode causar problemas no Brasil, onde a geração solar está ganhando mais força por causa da crise hídrica. Dados da ABSOLAR citados pelo Valor apontam um aumento da demanda por consumidores das classes C e D por projetos de assinatura de energia solar nos últimos meses. A modalidade por assinatura é uma das novidades do setor para impulsionar a adoção da tecnologia solar entre os consumidores brasileiros. O Valor também destacou a entrada de mais investidores no mercado de energia solar distribuída, que tentam se posicionar antes da aprovação de um marco regulatório para o segmento.
Fonte: ClimaInfo
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