Foi divulgado nesta semana o resultado final o 10º Concurso Anual e Nacional da Cachaça, Bebidas Mistas com Cachaça e outros Destilados Produzidos no Brasil – edição 2021.
A avaliação do Concurso de Degustação às Cegas da Expocachaça tem sido um dos mais importantes referenciais para o mercado, consagrando as marcas que investem em qualidade, apresentando novas tendências para o gosto e paladar do consumidor brasileiro e estrangeiro e fortalecendo as marcas premiadas, além de fornecer para os produtores inscritos a avaliação e comentários dos jurados sobre seu produto e sua pontuação.
Neste ano foram de 425 amostras participantes nas mais variadas e na categoria “CACHAÇAS: BLENDS DE MADEIRAS- Mérito Sensorial, a “D’Vale do Piranga” foi campeã com o produto “D’VALE AU OURO”.
Entre 25 e 28 de novembro 30ª edição da Expocachaça e o 34º BrasilBeeer, na Serraria Souza Pinto, em Belo Horizonte, o maior e mais conceituada vitrine mundial da cadeia produtiva da cachaça. Durante o evento serão entregues as premiações do 10º Concurso Anual e Nacional da Cachaça.
“D’VALE AU OURO”
O empresário e zootecista, Sérgio Maciel, proprietário da marca Master Blender da Cachaçaria Vale do Piranga, comemorou a medalha e salientou que a conquista consagra a empresa com mais de 45 anos de vida e experiência pioneira na região em Minas, levando em conta as práticas sustentáveis do processo produtivo da cachaça de alambique.
“A gente fica feliz pelo reconhecimento e estamos participando de diversos concursos. Com dos 45 anos de existência estamos entrando com um mix de produtos oferecendo novas cachaças e vamos entrar no mercado internacional.
A “D’VALE AU OURO”, fabricada na Cachaçaria Vale do Pirange, em Piranga, é um produto envelhecido há mais de 6 anos com “bled”, que é uma mistura carvalho e jequitibá, dando um feito suave no paladar e de alta qualidade. O feito mostra nossa qualidade e dá visibilidade a nossa região”, salientou.
Em novembro, a D’Vale do Piranga vai participar da Expocachaça.
Produto respeita práticas sustentáveis
Atualmente no processo produtivo da cachaça de alambique, poucos produtores estão empenhados no sentido de adotar protocolos que contemplem os parâmetros de sustentabilidade em sua produção de cachaça.
Esses são os conceitos da D’Vale Piranga, alambique com 45 anos de existência com uma produção que contempla a sustentabilidade desde o processo de produção até a comercialização com a escolha das mudas (material propagativo) de cana para o plantio, mudas selecionadas e de boa qualidade resultam em plantas sadias e com bom desenvolvimento, reduzindo a necessidade de adubação pesada e o uso de produtos químicos para o controle de doenças, plantas daninhas e pragas.
Vários são os parâmetros baseados na sustentabilidade envolvidos na produção de cachaça, entre eles alguns como o manejo cultural e métodos biológicos no controle de doenças, pragas e plantas daninhas.
A escolha e introdução de variedades adaptadas, com a produção de mudas de cana-de-açúcar sadias contribuem para produção de cachaça de alambique, que possui suas particularidades em relação à produção de etanol e até mesmo com a de produção das cachaças de coluna.
As práticas diferenciadas que interferem na fermentação natural do mosto do caldo de cana-de-açúcar caracterizam e identificam a Cachaça de Alambique. Outro fator preponderante na fazenda é a reutilização da água de resfriamento da cachaça no capelo/deflegmador e na serpentina do alambique além do mais evitam um maior consumo da água como também a compostagem feita com sobras do bagaço da cana-de–açúcar, com subprodutos existentes na propriedade e também usando o vinhoto podem ser utilizados nas áreas de cultivo como material orgânico para melhoria do solo, o que reduz a necessidade do uso de insumos externos para adubação, além da utilização isoladamente, do vinhoto direto no solo, com a pulverização por aspersão como adubo líquido e natural no canavial, depois de descansado em tanques apropriados.
Outra iniciativa da cadeia produtiva é a reutilização do bagaço da cana, ou de energias renováveis como a eólica ou a solar, para formação da energia térmica ou pressão do vapor, para o aquecimento do alambique na destilação da cachaça, também na higienização de equipamentos e na padronização dos produtos na caldeira para utilização em
todo o processo produtivo.
O plantio de essências florestais, inclusive com a presença de mais de 25 variedades nacionais disponíveis hoje, com potencial de melhoria na qualidade da bebida, para uso no processo da maturação da cachaça (armazenamento /envelhecimento), incrementando na sustentabilidade e formando aromas e sabores diferenciados aos produtos.
A sustentabilidade está presente até mesmo no engarrafamento/rotulagem e na comercialização dos produtos. Podendo-se utilizar embalagens, rótulos, utensílios de envase do produto com o sentido sustentável da produção, até com o material de merchandising ou divulgação sendo sustentáveis. Em todo tipo do processo produtivo é importante, agora mais do que nunca, se ter em mente os sete “R”da sustentabilidade: “Repensar, Recusar, Reduzir, Reparar, Reutilizar, Reciclar e Reintegrar”.
Fonte: Correios de Minas
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