O Climatempo fez um panorama da estiagem no Pantanal. O ano de 2021 já é o terceiro consecutivo nos quais os rios pantaneiros não apresentaram a habitual cheia, resultado de mais uma temporada chuvosa abaixo da média histórica na região.
O rio Paraguai, que drena o bioma, segue registrando os menores índices em décadas: em Cáceres (MT), a seca é a pior da série histórica, iniciada em 1967; em Ladário (MS), os níveis do rio atingiram o 5º pior índice desde 1901. O Serviço Geológico do Brasil (SGB) prevê que o ritmo de descida do nível do Paraguai deve se intensificar neste mês, piorando a crise hídrica na região pantaneira. O G1 também destacou a situação no Pantanal.
Mais ao sul, ainda na bacia do Prata, o rio Paraná também sofre com a falta de chuvas e a redução da vazão de água. Na Argentina, a situação já está prejudicando o escoamento da produção agrícola no norte do país, que depende da hidrovia do Paraná para levar a carga até o Prata e, de lá, para o exterior. Os níveis do rio caíram para os mais baixos desde os anos 1940. O temor dos argentinos é que a seca persista durante a temporada de chuvas, que começa no final do ano, o que pode prenunciar problemas mais graves na próxima estação seca, no ano que vem. A Bloomberg abordou o problema.
Em tempo: A decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) que derrubou liminar que impedia o monopólio do uso da água do rio Xingu pela usina de Belo Monte foi duramente criticada por especialistas, que ressaltaram o impacto negativo dela sobre os Povos Indígenas da região. “Se o TRF-1 está realmente preocupado com a crise hídrica, deveria antes responsabilizar o Poder Executivo e lembrá-lo da sua tarefa constitucional de zelar pela integridade dos ecossistemas. Do contrário, essa conta vai ser paga justamente pelos Povos Tradicionais – paradoxalmente, os responsáveis por garantir que nossas florestas ainda estejam de pé e que a água continue correndo pelos rios”, escrevem na Folha.
Fonte: ClimaInfo
Comentários