Lauro Jardim destacou em O Globo dados de um estudo inédito do Instituto Escolhas sobre o impacto do garimpo ilegal sobre as exportações de ouro do Brasil. De acordo com a análise, ao menos 17% das 111 toneladas de ouro vendidas pelo país ao exterior em 2020 foram originárias de áreas de garimpo ilegal, concentradas principalmente na Amazônia. Esse percentual equivale a 19 toneladas de ouro que foram exploradas e vendidas ilegalmente no ano passado.
O garimpo se intensificou nos últimos anos, beneficiado pela queda na fiscalização ambiental e pela alta no preço internacional do ouro durante a pandemia. Unidades de Conservação e Terras Indígenas se tornaram os alvos preferenciais dos garimpeiros, com episódios de violência contra comunidades tradicionais e aldeias indígenas. A leniência explícita do governo de Jair Bolsonaro, defensor dessa atividade ilegal, também facilitou a vida dos garimpeiros, que ganharam os corredores do poder em Brasília.
Por outro lado, a Polícia Federal e a Receita realizaram ontem (27/7) uma operação para desarticular uma quadrilha responsável pelo contrabando de ouro no Norte do Brasil. Segundo a PF, a organização criminosa teria contrabandeado mais de uma tonelada de ouro para a Itália entre 2017 e 2019. Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva em cidades nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O Estadão deu mais detalhes.
Em tempo: A Folha informou que o ministro Joaquim Álvaro Pereira Leite nomeou o especialista em marketing Guilherme Bromberg como assessor especial da pasta. A principal missão de Bromberg será reforçar o trabalho de contenção de danos e recuperação da imagem internacional do Brasil, com foco na Conferência do Clima de Glasgow (COP26). Resta saber se os talentos de marketing dele serão capazes de negar a realidade da devastação ambiental que ainda assola o país.
Fonte: ClimaInfo
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