Se quiserem manter viva a possibilidade de se conter o aquecimento do planeta em 1,5oC neste século, os países precisam acelerar o mais rápido possível o abandono do carvão como opção para geração de energia. Para o futuro presidente da Conferência do Clima de Glasgow (COP26), Alok Sharma, o fim do carvão “é nossa última esperança” para viabilizar esse objetivo. Para o representante do governo britânico, anfitrião do encontro, a COP26 pode ser uma ocasião-chave para que o carvão deixe de ser consumido.
O contexto atual, no entanto, diz outra coisa: mesmo com a queda no consumo de carvão, países como China e Índia seguem apostando nesse combustível fóssil como uma alternativa para se gerar energia barata e apoiar os esforços de recuperação econômica pós-pandemia.
Mesmo em países em que o carvão está em baixa, como os EUA e as nações europeias, o “ritmo de abandono” desse combustível está aquém do necessário para se viabilizar a meta de 1,5oC de aquecimento. Como o Guardian bem lembrou, até mesmo o Reino Unido, sede da COP26, foi alvo de críticas pesadas dentro e fora do país por causa de um polêmico projeto de mina de carvão em Cumbria, no norte da Inglaterra. De toda maneira, os britânicos querem aproveitar a Conferência para pautar um acordo internacional com o objetivo de acelerar o abandono do carvão na próxima década. BBC, Climate Home e Reuters também destacaram a ofensiva diplomática dos britânicos contra o carvão.
Ainda sobre a COP26, Sharma também confirmou nesta 6a feira (14/5) que o governo britânico pretende realizar o encontro de maneira presencial e que está estudando maneiras para facilitar a participação física dos negociadores em Glasgow no mês de novembro. Entre as medidas especuladas, estão a criação de um programa internacional de vacinação para participantes da COP26 e a realização contínua de testes de COVID-19 para se evitar a disseminação do novo coronavírus durante a Conferência. Associated Press, Financial Times e Guardian deram mais detalhes.
Fonte: ClimaInfo
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