O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está lançando seu Quadro de Títulos de Sustentabilidade (SBF), produzido em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O documento visa possibilitar a emissão de títulos verdes, sociais e sustentáveis no Brasil e no exterior. Com parecer favorável (Second Party Opinion – SPO) da Sustainalytics, empresa de verificação especializada em projetos sustentáveis, a estrutura reforça a importância atribuída ao tema Ambiental, Social e Governança (ASG).
A iniciativa amplia as possibilidades de captação de recursos previstas no Green Bond Framework lançado em 2017, que possibilitou ao BNDES ser o primeiro banco brasileiro a emitir esse tipo de título no mercado de capitais internacional e a primeira instituição financeira a emitir letras verdes em 2020 no mercado local.
O SBF foi desenvolvido no âmbito de uma cooperação técnica firmada com o BID, instituição envolvida em cerca de 30% das emissões de títulos temáticos da América Latina e Caribe. O documento contou ainda com a consultoria técnica da empresa especializada Sitawi e foi estruturado de acordo com as melhores práticas de mercado.
Os recursos a serem captados em operações futuras com base no SBF serão utilizados para financiar e refinanciar projetos elegíveis novos ou existentes na carteira do BNDES. As categorias elegíveis para alocação de recursos incluem seis categorias verdes e três categorias sociais.
Entre as categorias verdes estão: energia renovável; eficiência energética; gestão sustentável da água, águas residuais e saneamento; prevenção e controle da poluição; transporte limpo; e gestão ambientalmente sustentável de recursos naturais vivos e uso da terra.
As categorias sociais incluem, por sua vez, saúde; Educação; e apoio às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e ao microcrédito. Serão priorizados os investimentos em saúde e educação em municípios com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média nacional, e para as MPMEs, além do critério do IDH, serão priorizadas empresas lideradas por mulheres ou minorias de gênero.
“Este é um passo importante não só para o BNDES consolidar seu alinhamento com as melhores práticas internacionais de ESG, mas também para captar a disposição de uma parcela cada vez maior de investidores em contribuir para um mundo mais resiliente e sustentável. Para o BID, é extremamente estratégico para auxiliar uma posição com o tamanho e capacidade do BNDES nesse movimento ”, disse Morgan Doyle, representante do Grupo BID no Brasil.
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Fonte: IDB – Banco Interamericano de Desenvolvimento
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