Em março, a União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN) e a Comissão Mundial de Áreas Protegidas (WCPA) premiaram nove professionais de diferentes países por seus esforços e trabalho excepcionais na proteção do meio ambiente. Na lista estão duas brasileiras: Silvana Campello, presidente do Instituto Araguaia de Proteção Ambiental, que atua desde 1996 na região conhecida como Cantão, no encontro entre Amazônia e Cerrado; e Denise Rambaldi, cujo trabalho na bacia hidrográfica do rio São João ajudou a criar da Área de Proteção Ambiental do Mico-Leão-Dourado, no estado do Rio de Janeiro.
O prêmio, batizado de Fred M. Packard – uma homenagem a um dos antigos secretários da WCPA – é dado anualmente pela IUCN, em reconhecimento às carreiras dedicadas à conservação da natureza em todo o mundo.
“Trabalhar com proteção da natureza no Brasil sempre foi uma tarefa árdua, e agora mais do que nunca. O Instituto Araguaia trava uma guerra contra o tempo para manter intacto o que resta de nossas áreas naturais, especialmente no Cerrado. Aqui no Cantão, um importante ecótono entre Amazônia e Cerrado, estamos lutamos diariamente contra inimigos poderosos, que são a ignorância, a ganância e a soberba. Em meio a essa guerra que parece longe de acabar, temos de celebrar nossas vitórias. Por isso, mais do que nunca, os prêmios que recebi são importantes. Prêmios são gestos e palavras de incentivo que nos fazem seguir lutando essas batalhas difíceis, acreditando que, ao final, sairemos todos vencedores”, conta Silvana, que também é colunista de ((o))eco. A bióloga também recebeu o Frankfurt Award, da Bruno Schubert Foundation.
Além das duas brasileiras, foram premiados profissionais dos Estados Unidos, da Austrália, da Índia, do Reino Unido, do Canadá, da Suíça e das Filipinas. Devido à pandemia, a cerimônia foi realizada online.
Fonte: O Eco
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