O Financial Times repercutiu a ação movida por representantes de milhares de famílias no Pará contra a mineradora norueguesa Norsk Hydro, acusando-a de contaminar áreas de floresta e rios com substâncias tóxicas. Segundo a ação, o descarte incorreto de resíduos sólidos das operações da empresa no rio Murucupi provocaram problemas graves de saúde em moradores da região de Paragominas, inclusive com casos de malformação de bebês. A Norsk Hydro opera uma refinaria, uma usina de fundição e uma mina de bauxita na cidade.
Moradores do entorno dizem que a poluição causada pela Norsk Hydro, com despejo de resíduos de bauxita, chumbo e alumínio, deixou a água avermelhada. Um estudo do Instituto Evandro Chagas concluiu que, por causa da presença dessas substâncias, essa água não poderia ser consumida nem utilizada para recreação e pesca. Assim, a subsistência das comunidades locais, dependente da pesca, também ficou comprometida. Folha e Valor publicaram uma tradução dessa reportagem.
Em tempo: Como outros órgãos federais relacionados com meio ambiente, a Agência Nacional de Mineração (ANM) está em frangalhos no governo Bolsonaro. Segundo informou Renato Grandelle n’O Globo, a ANM possui aproximadamente 250 técnicos para monitorar as 35 mil minas regulamentadas no Brasil. Esses profissionais são responsáveis pela gestão dos recursos minerais do Brasil, com acompanhamento das operações das minas legais e fiscalização de operações irregulares de mineração. Obviamente, eles não estão dando conta do volume de trabalho, o que fragiliza ainda mais a capacidade de fiscalização do governo federal contra ilegalidades na Amazônia.
Fonte: ClimaInfo
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