Os governadores da Amazônia Legal estão se articulando para criar um fundo internacional com multidoadores para financiar projetos de conservação florestal e desenvolvimento sustentável na região, informou o Valor. Com o congelamento do Fundo Amazônia há quase dois anos, precipitado por desavenças causadas pelo ministro Ricardo Salles com os governos da Alemanha e Noruega, os estados amazônicos estão tentando “driblar” o mau humor internacional com o governo Bolsonaro e dialogando diretamente com potenciais doadores no exterior.
O governador Flávio Dino (Maranhão) quer priorizar o financiamento externo para a remuneração dos serviços ambientais prestados pela floresta, regulamentada pelo Congresso no começo do ano. “Queremos mostrar que há atores no país que defendem a agenda ambiental e que temos que buscar o diálogo”, disse Dino. “Claro que tem gente no Brasil que quer desmatar e tocar fogo em tudo. Mas a imensa maioria do povo brasileiro pensa corretamente”.
Em tempo: A Concertação pela Amazônia reuniu ontem (22/2) lideranças empresariais, pesquisadores, ambientalistas e políticos dos estados amazônicos para discutir os planos do governo Biden para auxiliar nos esforços de preservação na Amazônia. O ex-negociador-chefe de Obama para o clima, Todd Stern, apresentou uma proposta de proteção para a Amazônia com foco na criação de um fundo internacional para financiar a conservação florestal na região e o uso da política comercial como instrumento de reforço à fiscalização e ao controle das cadeias de fornecimento para o mercado norte-americano. A proposta foi submetida à Casa Branca no mês passado por um grupo de ex-negociadores e diplomatas norte-americanos para apoiar a formulação da política do novo governo para a Amazônia e o Brasil. O Valor deu mais detalhes.
Fonte: ClimaInfo
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