Na corrida do desenvolvimento humano, o Brasil caiu cinco posições em 2019. De acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), calculado pelo Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNUD), o país ficou em 84º lugar entre os 189 analisados; em 2018, o país tinha ficado em 79º. Isso acontece mesmo com um ligeiro aumento no desempenho brasileiro, que foi de 0,762 para 0,765. Entre os países da América do Sul, o Brasil ocupa a 6ª posição, atrás de Chile (0,851), Argentina (0,845), Uruguai (0,817), Peru (0,777) e Colômbia (0,767).
Neste ano, o PNUD incluiu um novo indicador, o Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado às Pressões Planetárias, que analisa o IDH considerando também dados como o nível de emissões de dióxido de carbono do país e a pegada de material per capita (volume de recursos usados pela população). Nessa mensuração, o Brasil ficou em 0,710, na 74ª posição global. O relatório do PNUD destacou em particular o avanço da degradação da Amazônia, ameaçada pelo desmatamento e pelas queimadas. O texto alerta para o risco de colapso ambiental da maior floresta tropical do mundo, com efeitos potenciais desastrosos para o meio ambiente e o clima global.
O PNUD reforçou também a importância dos governos incorporarem proteção ambiental e combate às desigualdades dentro das estratégias de recuperação econômica pós-pandemia. Os impactos sem precedentes da crise global da COVID-19, combinados com as diversas crises ambientais enfrentadas pelo mundo, ameaçam reverter o progresso e o desenvolvimento humano obtidos nas últimas décadas.
Deutsche Welle, Estadão, Folha, G1, O Globo e Valor abordaram a queda do Brasil no IDH. Guardian destacou a preocupação com a recuperação verde pós-COVID.
Fonte: ClimaInfo
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