O Amapá chega hoje ao 22º dia de uma crise absurda que parece não ter fim. Mesmo com o acionamento de geradores, feito com pompa e fanfarra por Bolsonaro no sábado (21/11), o estado segue com a maior parte de seus municípios sofrendo racionamento de eletricidade.
Para piorar, fortes chuvas caíram na região de Macapá no domingo, causando inundações. Segundo informou a Agência Brasil, apenas na capital o volume de chuva chegou a 74 milímetros em menos de uma hora. Nos últimos 20 dias, o total já supera os 150 mm, três vezes mais que a média esperada para todo o mês de novembro.
À noite, panes elétricas generalizadas resultaram em curto-circuitos sequenciais em diversos pontos de Macapá; moradores filmaram explosões no bairro Brasil Novo, no norte da cidade.
G1, UOL e Valor mostraram as imagens.
O Metrópoles relata que a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) e a ONG Terra de Direitos denunciaram à Comissão Interamericana de Direitos Humanos a resposta pífia do governo federal à crise elétrica no Amapá. O documento cobra o restabelecimento do fornecimento de eletricidade no estado e a entrega de ajuda humanitária às populações quilombolas afetadas, com distribuição de água potável e alimentação imediata.
Na Deutsche Welle, Gustavo Basso mostrou as dificuldades enfrentadas pelos amapaenses e ressaltou a falta de fiscalização por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) às operações da LMTE, distribuidora que opera no estado e foi privatizada em 2015.
Em tempo: No outro lado da Amazônia, o Valor destacou um projeto conduzido pelo grupo Energisa com comunidades ribeirinhas na reserva extrativista Vila Restauração, no Acre, que substituirá o uso de geradores elétricos a diesel por painéis solares fotovoltaicos, o que vai gerar menos custos, energia mais limpa, geração mais segura e, ainda, a possibilidade de acesso à internet.
Fonte: ClimaInfo
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