Hoje (19/11) o primeiro apagão do Amapá completa 17 dias sem solução razoável. Tanto que na terça (17) um novo blecaute deixou 13 das 16 cidades do estado no escuro, segundo o G1. Mais uma vez, o apagão foi acompanhado por uma saraivada de notas de empresas e órgãos responsáveis, tentando mostrar serviço.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que o problema pode ter ocorrido no momento da “energização” de uma linha de transmissão. A Eletronorte detalhou a ocorrência de um desligamento da Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes, que está fornecendo parte do abastecimento ao Amapá, em decorrência de “um evento externo à usina, provavelmente no sistema de distribuição de energia elétrica”. A Linhas de Macapá Transmissora de Energia, concessionária responsável pela transmissão no estado informou, em nota, que não houve problemas no transformador da subestação na capital que fornece o serviço e que o apagão “deve ser confirmado com as autoridades”. A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) declarou que o rodízio voltou a acontecer durante a madrugada. O governo federal declarou que atuou ainda à noite para o retorno gradual do fornecimento.
Para Ana Flor, comentarista da GloboNews, os dois apagões no Amapá são um alerta para problemas de segurança energética em outras regiões do país, como o Sudeste e o Sul, que vivem um momento de reservatórios em níveis muito baixos nas usinas hidrelétricas. Ela ouviu Paulo Pedrosa, presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (ABRACE), quem explicou que as falhas em planejamento e eficiência fazem com que metade das contas de luz dos brasileiros seja composta de subsídios, taxas e impostos. Segundo Pedrosa, apenas o episódio de emergência para atender a situação do Amapá, que pode durar seis meses, deve custar R$ 1 bilhão ao sistema pago por todos os usuários do país.
Lembrando que, atualmente, o Amapá tem uma capacidade de geração total de 210 MW, sendo 70 MW da Usina Hidrelétrica de Coaracy Nunes e 140 megawatts do sistema da Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE).
Fonte: ClimaInfo
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