A esperança de Barack Obama é de que, num governo Joe Biden, o Brasil redefina sua relação com os EUA — e com a ciência. Esta é uma das declarações do ex-presidente americano em entrevista aos jornalistas Pedro Bial, da TV Globo, e Flávia Barbosa, do Globo, por conta do lançamento de seu novo livro — Uma Terra Prometida (Amazon). “Não quero dar opinião sobre alguém que não conheci”, afirmou sobre o presidente Jair Bolsonaro. “As políticas dele, assim como as de Donald Trump, parecem ter minimizado a ciência da mudança climática. E o Brasil é um ator central na ação de poder ou não frear os aumentos de temperatura que podem causar uma catástrofe global. O Brasil no passado foi líder em relação a isso. Seria uma pena se deixasse de ser.” Bial e Flávia também perguntaram ao ex-presidente sobre Lula, que no livro ele descreve como tendo o impressionado mas que, de acordo com o que haviam lhe relatado, tinha ‘os escrúpulos de um chefe de Tammany Hall’, referência à política fisiologica e mafiosa da Nova York do século 19. “O dom que Lula tinha de se conectar com o povo e o progresso econômico que aconteceu quando ele tirou pessoas da pobreza não podem ser negados”, ele respondeu. “O que você acaba percebendo é que a maioria dos líderes é um reflexo das contradições e das tensões dos seus países.” O livro, que chega hoje às livrarias, é o primeiro volume de suas memórias na Casa Branca e vai até a operação que terminou com a morte de Osama bin laden. (Globo)
A entrevista já está no ar para os assinantes da Globoplay. Assista.
Leia trechos do livro. O Estadão publica um no qual Obama descreve a construção de um plano de desinformação para forçá-lo a desistir de concorrer à presidência. A Folha tem outro, justamente aquele no qual ele se encontra com Lula pela primeira vez.
Fonte: Meio
Comentários