Farid Mendonça Júnior(*)
“Eu tenho plena confiança de que, se cada um fizer o seu dever, se nada for negligenciado, e se as providências certas forem tomadas, e elas estão sendo tomadas, nós vamos provar para nós mesmos, uma vez mais, que somos capazes de defender nossa ilha-lar, enfrentar a tempestade da guerra, sobreviver à ameaça da tirania, se necessário por anos, se necessário sozinhos.”
“Nós lutaremos nas praias, nós lutaremos nos campos, nós lutaremos nas colinas, nós nunca nos renderemos.”
Estas são partes do discurso de Winston Churchill na Câmara dos Comuns no dia 4 de junho de 1940.
Liderança, qualidade em escassez
Como se sabe, a Inglaterra enfrentava praticamente sozinha a Alemanha nazista. Churchill era um homem de excelente oratória, mas também de ação. Não é fácil encontrar um Churchill. Este tipo de pessoa não se encontra facilmente em qualquer esquina. Trata-se de um diamante bruto que raras vezes o acaso empurra para a história.
Faz um certo tempo que o mundo carece de líderes. Não encontramos mais perfis como Winston Churchill, Getúlio Vargas, Roosevelt, John F. Kennedy, Mikhail Gorbatchov, Margaret Thatcher, entre tantos outros. A liderança é uma qualidade que está sob escassez.
Apontando caminhos
Talvez isso se deve ao período de bonança que o mundo viveu até aqui, ou pelos menos a aparente sensação de que estava tudo bem. Economia mundial crescendo, capitalistas enchendo seus bolsos, ações atingindo o ápice, e os pobres cumprindo seu eterno papel de serviçais. Nas crises mundiais por que passamos sempre tivemos líderes que se destacaram e foram cruciais naqueles momentos. Argumentando e convencendo a população no melhor caminho possível.
Falta atitude, coragem, decisão
Eram os chamados estadistas, os quais pensavam muito mais no papel do Estado e no bem estar da população. Hoje, o que mais vemos são “líderes” interessados em eleições, em seu próprio poder, em brigas ideológicas e nos seus interesses. A sociedade anda faminta por liderança. Homens e mulheres de atitude, de coragem, de decisão. Não precisamos de palhaços, incompetentes e bonachões.
Inteligência para sair da crise
Não precisamos de falsos líderes, que não respeitam a imprensa, a ciência, a sociedade, as diferenças, as pessoas. Neste momento crucial de nossa história, precisamos de verdadeiros líderes que nos conduzam com palavras sábias, verdadeiras, prudentes e salutares. Sair do abismo requer sacrifício, jeito, inteligência e habilidade. Precisamos de líderes de verdade. A sociedade está contratando!
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