Pertencente à família palmáceas, o buriti (Mauritia vinifera e M. flexuosa), cujo vinho é muito apreciado na região amazônica, agora também pode ser encontrado em produtos como protetor solar.
O produto, chamado Ultra Buriti, é feito à base de óleo do fruto e tem produção de baixo custo para proteger pessoas que não têm dinheiro para comprar filtro solar. Criado por alunos do ensino médio, o novo protetor solar já entrou em fase de testes.
A criação é dos estudantes do Crato, no Ceará, Eron Pinheiro e Fidel Morais, que cursam o 3º ano do ensino médio, com orientação dos professores de química, Cícero Teixeira, e de geografia, Jefferson Feitosa.
O objetivo é proteger trabalhadores de baixa renda, que ficam debaixo de sol forte do nordeste brasileiro, na extração de calcário no Vale do Buriti, em Santana do Cariri.
Proteção, hidratação de custo-benefício
Os estudantes estão trabalhando a fórmula do produto desde dezembro de 2019. O protetor tem um mix de ativos naturais, com fator de proteção e hidratação e um bom custo benefício.
Ele tem uma fusão de fatores de proteção e de hidratação natural que carrega propriedades específicas para o cuidado e proteção da pele.
“Eles desenvolveram o PH e o Fator de Proteção Solar, FPS. Concluindo essa etapa final estaremos com o filtro protetor solar preparado”, disse o professor Cícero em entrevista à Cariri Revista.
Segundo os criadores, os próximos passos são criar uma embalagem sustentável e tornar o produto acessível para pessoas com baixa renda.
Buriti como princípio ativo
Predominante numa extensa área que cobre praticamente todo o Brasil central e o sul da planície amazônica, o buriti foi escolhido pelos alunos como princípio ativo pela capacidade da fruta de absorção dos raios ultravioleta.
Alunos e professores decidiram dar o nome de Ultra Buriti após conhecerem a rotina dos trabalhadores do Vale do Buriti, em Santana do Cariri, que passam horas debaixo de sol forte diariamente.
Os estudantes contam que a experiência veio da vontade de realizar um projeto científico com cunho social. “Isso é muito gratificante”, disse o estudante Fidel Morais.
Fonte: Cariri Revista
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