Após atingir nível mais baixo já registrado desde o início do monitoramento em 1902, Rio Negro apresentou um aumento de dois centímetros
Depois de passar por três dias de estabilidade, de quarta a sábado, o Rio Negro, em Manaus, apresentou um aumento de dois centímetros, com elevações de um centímetro no domingo (13) e um nesta segunda-feira (14). O aumento acontece após o rio atingir o recorde histórico de 12,11 metros, nível mais baixo já registrado em 122 anos, desde o início do monitoramento em 1902.
A seca que atinge a região amazônica em 2024 já é considerada uma das mais severas da história acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), confirmando previsões científicas sobre o agravamento das mudanças climáticas.
O período de estiagem também começou antes do previsto em 2024. Historicamente, o fenômeno ocorre entre a última semana de junho e as primeiras semanas de julho, mas em Manaus, teve início já em 17 de junho, apresentando oscilações até o dia 28, quando iniciou a descida de forma ininterrupta.
Fim da seca no Rio Negro?
Em entrevista ao g1, a pesquisadora Jussara Cury, do Serviço Geológico Brasileiro (SGB), explicou que o Rio Negro está entrando em uma fase de estabilidade, mas que ainda continua no processo de vazante. “Agora o Rio Negro está passando por uma redução na intensidade de descida, apresentando certa estabilidade e até pequenas elevações. Mas ainda não é o final da estiagem, porque a gente precisa das chuvas consistidas e distribuídas tanto na região de cabeceira quanto na parte central da bacia”, esclareceu.
Além da capital, os 61 municípios do Amazonas também enfrentam uma situação de emergência devido à seca. Segundo a Defesa Civil, todas as calhas de rios do estado estão em estado crítico de vazante. O Rio Solimões também enfrenta sua pior seca da história, chegando a marcar 2,06 metros no sábado (12). Embora o rio tenha subido um centímetro no domingo (13), se manteve estável nesta segunda (14) com a marca de 2,07 metros.
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