Um estudo recente da IQAir, publicado em 19 de março, destacou uma preocupante realidade global: a maioria dos países não atende aos padrões de qualidade de ar da Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com a análise, apenas sete dos 134 países avaliados cumprem os critérios estabelecidos, enquanto a Ásia apresenta as piores condições, com as 100 cidades com mais baixa qualidade de ar no mundo.
A pesquisa apontou que Austrália, Estônia, Finlândia, Granada, Islândia, Ilhas Maurício e Nova Zelândia são os únicos países que conseguiram manter os níveis de poluentes PM2,5 – partículas finas que representam riscos significativos à saúde – dentro dos limites recomendados pela OMS, que é de até 5 microgramas por metro cúbico.
Por outro lado, Bangladesh, Paquistão, Índia, Tajiquistão e Burkina Faso registraram os maiores índices de poluição do ar, com Bangladesh liderando a lista com 79,9 µg/m3 de partículas PM2,5. O levantamento indicou que 92,5% dos países analisados possuem níveis de poluição que ultrapassam o máximo recomendado pela OMS.
Além das disparidades entre nações ricas e pobres, o relatório evidenciou que mesmo países desenvolvidos como o Canadá sofreram deterioração na qualidade do ar, principalmente devido a incêndios florestais. A China, que havia mostrado melhorias na qualidade do ar, viu seus índices de poluição aumentarem 6,3% em relação a 2022, após a retomada da atividade industrial.
O estudo da IQAir baseou-se em dados coletados de mais de 30 mil estações de monitoramento em 7.812 localidades de 134 países. O relatório também destacou a falta de dados na África, onde um terço da população não tem acesso a informações sobre a qualidade do ar.
Frank Hammes, CEO Global da IQAir, enfatizou a importância dos dados de qualidade do ar para a saúde pública e a tomada de decisões, ressaltando que “Um ambiente limpo, saudável e sustentável é um Direito Humano Universal”.
*Com informações CLIMA INFO
Comentários