O governo federal do Brasil, em uma ação crucial para o futuro da indústria nacional, lançará hoje, às 11h da manhã, sua nova política industrial, intitulada “Nova Indústria Brasil”.
O anúncio será feito pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin. Este plano ambicioso visa combater o prolongado processo de desindustrialização que o país enfrenta, além de modernizar as cadeias industriais, contribuindo para a descarbonização da economia brasileira.
As “missões” do plano são estrategicamente focadas no fortalecimento da bioeconomia, na descarbonização, na transição e segurança energética. Ele também enfatiza a sustentabilidade em cadeias agroindustriais e na infraestrutura urbana, abrangendo setores como saneamento, moradia e mobilidade.
A política industrial estabelece metas ambiciosas a serem alcançadas até 2033. Entre os objetivos destacam-se: elevar a participação do setor agroindustrial no PIB agropecuário para 50%; aumentar em 25% o adensamento produtivo na cadeia de transporte público sustentável; reduzir em 30% as emissões de dióxido de carbono (CO2) em relação ao valor adicionado do PIB industrial; ampliar em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes; e incrementar o uso tecnológico e sustentável da biodiversidade pela indústria em 1% ao ano
Para garantir a implementação eficaz do plano, o governo federal estabeleceu uma série de instrumentos, incluindo incentivos fiscais, subsídios, linhas de crédito e critérios para compras governamentais. Esta estratégia posiciona o governo como um agente fundamental na neoindustrialização do Brasil, marcando um contraste político significativo com a gestão anterior do ex-presidente Jair Bolsonaro, considerada mais “liberal”.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) expressou à Folha que a nova política industrial, baseada em práticas internacionais, visa não apenas melhorar a vida das pessoas e aumentar a competitividade e produtividade, mas também gerar mais empregos, inovação e fortalecer a presença do Brasil no mercado internacional.
*Com informações CLIMA INFO
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