A visão de promover a sustentabilidade como um pilar da cultura brasileira e da comunicação digital é audaciosa e reflete um entendimento profundo de como as estratégias de ESG podem ser empregadas para fomentar uma mudança positiva na sociedade. Ao alinhar inovações com a implementação dessas práticas transparentes e eficazes, as empresas têm a oportunidade de desempenhar um papel fundamental na construção de um futuro mais condizente com as necessidades do Brasil e do mundo daqui em diante.
Por Régia Moreira Leite
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No artigo “O Brasil campeão mundial de inovações ESG“, Valter Pieracciani, um empresário atento e pioneiro na área de inovação, apresenta uma perspectiva instigante sobre como a inovação pode ser um catalisador para a evolução dos parâmetros de ESG (Environmental, Social, and Governance). A relação estabelecida entre inovação e ESG é de particular interesse para as empresas do Polo Industrial de Manaus, um epicentro de atividades industriais localizado no coração da Amazônia. Essa interseção oferece um caminho promissor para não apenas avançar na agenda de sustentabilidade, mas também para reforçar a competitividade e o sucesso financeiro das empresas.
A proposta de Pieracciani de utilizar uma matriz de efetividade para priorizar projetos com base em critérios como viabilidade, dificuldade de imitação por concorrentes e percepção de valor pelo cliente é uma estratégia perspicaz. Essa abordagem assegura que os investimentos em ESG não somente atendam aos imperativos de sustentabilidade, mas também contribuam para o posicionamento estratégico e a prosperidade das empresas. Tal metodologia é particularmente relevante para o Polo Industrial de Manaus, que opera em um contexto ambiental sensível e sob crescente escrutínio público e regulatório.
Incorporar os princípios de ESG no cerne das operações e inovações das empresas não é apresentado como uma opção, mas como uma necessidade estratégica. Ao focar em iniciativas de proteção ambiental, impacto social significativo e governança efetiva, as empresas podem se posicionar como líderes na resolução de desafios globais, como o desmatamento da Amazônia. Esta postura não somente fortalece a responsabilidade corporativa, mas também serve como uma fonte de inspiração para outras organizações seguirem o exemplo.
O desafio do desmatamento, quando visto através da lente da inovação e dos princípios ESG, transforma-se de um problema ambiental em uma oportunidade para promover mudanças culturais e educacionais. A estratégia de Pieracciani reconhece que a solução para problemas ambientais complexos exige uma abordagem holística que inicie dentro das empresas e se expanda para alcançar toda a sociedade.
A visão de promover a sustentabilidade como um pilar da cultura brasileira e da comunicação digital é audaciosa e reflete um entendimento profundo de como as estratégias de ESG podem ser empregadas para fomentar uma mudança positiva na sociedade. Ao alinhar inovações com a implementação dessas práticas transparentes e eficazes, as empresas têm a oportunidade de desempenhar um papel fundamental na construção de um futuro mais condizente com as necessidades do Brasil e do mundo daqui em diante.
Portanto, a análise de Pieracciani não apenas ilumina o caminho para a integração da inovação com os esforços de ESG, mas também destaca o potencial transformador desta abordagem para empresas em locais estratégicos como o Polo Industrial de Manaus. São insights que oferecem uma direção valiosa para empresas que buscam não apenas sobreviver, mas prosperar em um cenário empresarial cada vez mais definido por sua capacidade de harmonizar objetivos econômicos com responsabilidades ambientais e sociais.
Régia é economista, administradora, empresária, coordenadora da Comissão ESG e conselheira do CIEAM, Centro da Indústria do Estado do Amazonas
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