O objetivo do GT é elaborar um plano com possibilidade de utilizar todos os instrumentos de financiamento do Fundo Clima e do Fundo Amazônia, olhando especialmente as diferenças peculiares dos vários segmentos industriais, concomitantes com as mudanças climáticas de cada região do país
Por Antônio Silva
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O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), no dia 03 último, deu início aos trabalhos de elaboração do plano de adaptação para o setor industrial. O plano nos interessa e para tal nos colocamos a disposição, por meio da Confederação Nacional da Indústria – CNI, para enviar ao Grupo de Trabalho, coordenado pela Secretaria de Economia Verde Descarbonização e Bioindústria do MDIC, as sugestões, ideias, planos e projetos elaborados pelas entidades do nosso estado que trabalham para minimizar os efeitos danosos que o Amazonas experimentou em 2023 com a seca severa dos rios.
O objetivo do GT é elaborar um plano com possibilidade de utilizar todos os instrumentos de financiamento do Fundo Clima e do Fundo Amazônia, olhando especialmente as diferenças peculiares dos vários segmentos industriais, concomitantes com as diversidades climáticas de cada região do país.
O GT conta com convidados permanentes do setor produtivo e da sociedade civil, como a CNI, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI), o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o Pacto Global, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Conselho Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) entre outros.
Ressalte-se que além dos convidados permanentes do setor produtivo e da sociedade civil, participam representantes de todas as secretarias do MDIC, do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O GT do Plano Clima Adaptação terá seis meses de trabalho, avaliando riscos, identificando cadeias produtivas mais vulneráveis, analisando cenários climáticos e apresentando soluções, assim como meios de financiamento e metas de adaptação para serem atingidas até 2030. Deverá identificar e indicar também diretrizes para a adaptação da indústria para 2035/2050.
O trabalho deverá unir-se aos outros 14 planos temáticos de adaptação, elaborados pelos outros ministérios para compor o novo Plano Clima Adaptação, coordenados pelo MMA e MCTI e que deverá, por sua vez, revisar o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA), criado em 2016.
O Plano Clima Adaptação terá a vigência de 12 anos, revisto a cada quatro anos. Os planos setoriais devem ser finalizados ainda em 2024 e apresentada a estratégia geral em 2025, durante a COP 30 em Belém (PA). É a oportunidade que temos para buscar soluções duradouras que minimizem efeitos climáticos que nos afetam, como os que experimentamos em 2023.
Antônio Silva é administrador de empresas, empresário e presidente da Federação das Indústrias do estado do Amazonas e vice presidente da CNI.
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