O Governo do Amazonas, por meio da Defesa Civil, está intensificando a adoção de medidas preventivas e promovendo o uso racional de recursos naturais para a população que reside em áreas de risco. Essa iniciativa tem como objetivo principal minimizar os efeitos da estiagem que está prevista para ocorrer neste ano no estado.
As novas orientações fazem parte do conjunto de ações coordenadas pelo governador Wilson Lima (União Brasil) para enfrentar a estiagem. Em uma coletiva de imprensa realizada na sede da Defesa Civil, o secretário da pasta, coronel Francisco Máximo, detalhou as medidas que estão sendo implementadas e reforçou a importância da colaboração da população.
“O prognóstico indica uma alta probabilidade de termos uma estiagem significativa este ano. Estamos comprometidos em fornecer todas as recomendações necessárias para que a população possa se preparar adequadamente. É crucial que as pessoas que vivem em áreas de risco e os grupos mais vulneráveis recebam atenção especial. Precisamos adotar práticas de consumo racional dos recursos naturais e evitar ao máximo qualquer tipo de desperdício”, enfatizou o coronel Máximo.
Entre as ações propostas pelo governo, destacam-se:
- Campanhas Educativas: A Defesa Civil está lançando uma série de campanhas educativas que serão veiculadas em rádios, televisões e redes sociais, com o intuito de conscientizar a população sobre a importância do uso racional da água e outros recursos naturais.
- Monitoramento das Áreas de Risco: Foi intensificado o monitoramento das áreas mais suscetíveis à seca, com a instalação de novos equipamentos de medição e a formação de equipes de resposta rápida para agir em situações emergenciais.
- Distribuição de Recursos: Em parceria com a Secretaria de Assistência Social, estão sendo organizadas distribuições de kits de emergência, contendo alimentos não perecíveis, água potável e medicamentos, para as comunidades mais vulneráveis.
- Treinamento da População: Serão realizados treinamentos comunitários para capacitar os moradores em técnicas de armazenamento de água e outras práticas de conservação de recursos.
- Parcerias com Organizações: O governo está firmando parcerias com organizações não-governamentais e entidades privadas para ampliar o alcance das ações de prevenção e mitigação dos efeitos da estiagem.
A Defesa Civil também está solicitando a colaboração de todos os cidadãos para reportar qualquer sinal de desperdício de recursos ou situações de risco nas suas comunidades.
“Esse é um esforço coletivo. A colaboração de cada indivíduo é fundamental para que possamos atravessar esse período de estiagem com o menor impacto possível. Estamos trabalhando incansavelmente para proteger a nossa população e garantir a sustentabilidade dos nossos recursos naturais”, concluiu o secretário Máximo.
Com essas medidas, o Governo do Amazonas espera reduzir significativamente os impactos negativos da estiagem, garantindo a segurança e o bem-estar da população, especialmente daqueles que vivem em áreas mais vulneráveis.
Orientações para a população
Para auxiliar a população a se preparar melhor para a estiagem, a Defesa Civil do Amazonas emitiu as seguintes orientações:
Uso racional de água e energia:
- Economize energia: Desligue aparelhos quando não estiverem em uso e opte por lâmpadas de baixo consumo para economizar energia.
- Armazene água potável: Mantenha um estoque de água potável para uso emergencial.
- Evite desperdícios: Feche as torneiras quando não estiverem em uso, conserte vazamentos e reutilize a água sempre que possível.
Manter-se informado:
- Atualizações: Fique atualizado com informações oficiais sobre a estiagem e alertas de emergência.
- Siga orientações: Siga sempre as orientações das autoridades locais para garantir sua segurança e a de sua comunidade.
A Defesa Civil também está solicitando a colaboração de todos os cidadãos para reportar qualquer sinal de desperdício de recursos ou situações de risco nas suas comunidades.
“Esse é um esforço coletivo. A colaboração de cada indivíduo é fundamental para que possamos atravessar esse período de estiagem com o menor impacto possível. Estamos trabalhando incansavelmente para proteger a nossa população e garantir a sustentabilidade dos nossos recursos naturais”, concluiu o secretário Máximo.
Com essas medidas, o Governo do Amazonas espera reduzir significativamente os impactos negativos da estiagem, garantindo a segurança e o bem-estar da população, especialmente daqueles que vivem em áreas mais vulneráveis.
Seca de 2023 no Amazonas afetou mais de 600 mil pessoas e decretou situação de emergência
A seca severa que atingiu o estado do Amazonas em 2023 afetou 633 mil pessoas, de acordo com boletim divulgado pela Defesa Civil do estado. Das 62 cidades do estado, 59 ficaram em situação de emergência por causa da estiagem, com exceção dos municípios de Presidente Figueiredo e Apuí, onde a situação permaneceu normal. O município de Canutama esteve em estado de alerta.
De acordo com a Defesa Civil, 158 mil famílias foram diretamente afetadas pela seca em 2023. Em resposta à crise, o governador Wilson Lima decretou situação de emergência em 55 dos 62 municípios do estado em setembro.
Aumento de focos de calor e impacto na navegação
Entre janeiro e 21 de outubro, foram registrados 17.691 focos de calor no Amazonas, um número alarmante que indicou a gravidade da seca. Somente em outubro, foram contabilizados 3.060 focos, mais que o dobro do mesmo período do ano passado, que teve 1.200 registros.
A capital Manaus enfrentou a pior seca dos últimos 121 anos. A cota do Rio Negro, em outubro de 2023, ficou em 12,89 metros, a menor desde 1902, quando começaram as medições. O recorde de alta do Rio Negro foi de 30,02 metros, registrado em 16 de junho de 2021.
Na segunda quinzena de outubro, o governo federal disponibilizou cerca de R$ 100 milhões para ações emergenciais de dragagem em trechos críticos do rio, próximos a Itacoatiara e Manaus. A dragagem foi essencial para evitar o desabastecimento de itens básicos na região, que abriga cerca de 2,3 milhões de habitantes. O Ministério dos Portos e Aeroportos informou que os trâmites para a contratação emergencial da dragagem começaram rapidamente, com operações iniciando ainda em outubro.
“As embarcações que operam no terminal graneleiro Hermasa Itacoatiara e nos principais terminais de contêineres da Zona Franca de Manaus (Chibatão e Superterminais) estavam com capacidade reduzida. A dragagem evitou impactos no valor do frete e no prazo para disponibilização de produtos que são escoados pelas hidrovias do Arco Norte”, informou a pasta.
A Marinha do Brasil, em ação conjunta com o Exército e autoridades locais, distribuiu mais de 6 mil cestas básicas e 1,1 mil caixas de água mineral em municípios da região do Alto Solimões. A operação começou pelo município de Tabatinga, próximo à fronteira com a Colômbia e o Peru, utilizando o Navio de Assistência Hospitalar Soares de Meirelles como principal meio de transporte para suprimentos essenciais. A embarcação percorreu 1.350 quilômetros, abrangendo os municípios de Benjamin Constant, Atalaia do Norte, Amaturá, Santo Antônio do Içá e Tonantins.
A seca de 2023 no Amazonas causou grandes prejuízos à navegação, ao setor produtivo e à biota aquática, além de afetar diretamente milhares de famílias. As ações emergenciais do governo federal e as operações de assistência humanitária foram cruciais para mitigar os impactos dessa crise, enquanto a Defesa Civil continuou monitorando a situação e promovendo medidas preventivas para proteger a população mais vulnerável.
Comentários