Em um avanço notável na luta contra fome, o Brasil viu o número de pessoas enfrentando insegurança alimentar grave cair de 33 milhões em 2022 para 20 milhões em 2023, segundo um estudo recente do Instituto Fome Zero, a pedido do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Esta melhora significativa resultou em 13 milhões de brasileiros deixando de passar fome em apenas um ano.
Milton Rondó, representante do Instituto Fome Zero, esclareceu que a questão da fome globalmente não reside na escassez de alimentos, mas na inacessibilidade a uma alimentação adequada devido à falta de recursos. Rondó atribuiu a redução do número de famintos no Brasil ao aumento da renda das famílias.
José de Araújo e Silva, da organização Ação Cidadania, concordou que a elevação da renda familiar contribuiu para a melhoria das condições de vida no país, mas destacou o persistente desafio de erradicar a fome para os 20 milhões ainda afetados. Para Silva, é crucial abordar a fome como uma questão emergencial e estrutural dentro da sociedade.
O estudo elogia os progressos como encorajadores, mas ressalta a importância de continuar as ações coordenadas para combater a insegurança alimentar de maneira eficaz. O Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, destacou em publicação nas redes sociais que os avanços são fruto do crescimento econômico e do aumento da renda, enfatizando o papel de políticas governamentais, incluindo a geração de empregos, o apoio aos mais pobres, a contenção da inflação dos alimentos e o programa Bolsa Família.
Essa evolução representa um marco na jornada do Brasil contra fome, refletindo os esforços do governo e da sociedade civil para assegurar o direito básico à alimentação adequada para todos os seus cidadãos.
Os resultados preliminares oferecem uma visão importante sobre o estado atual da insegurança alimentar e nutricional no país, além de seus indicadores macroeconômicos. Os pesquisadores fazem uma ressalva crucial, enfatizando que as estimativas devem ser vistas como uma análise de cenário, projetando um panorama geral da questão e servindo como base para futuras políticas públicas e intervenções direcionadas.
Este método inovador de combinar dados de diferentes pesquisas e a utilização de modelos matemáticos proporciona uma nova perspectiva sobre os desafios enfrentados pelo Brasil no combate à insegurança alimentar e nutricional, abrindo caminho para estratégias mais eficazes e informadas.
*Com informações Agência Brasil
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