A sustentabilidade no agronegócio brasileiro não é apenas uma obrigação ética e ambiental, mas também uma estratégia comercial astuta. Ela permite que o Brasil se diferencie no cenário internacional como um fornecedor de produtos agrícolas que são tanto de alta qualidade quanto produzidos de maneira responsável e ética. Este caminho pode garantir a sustentabilidade e o sucesso do agronegócio nas próximas décadas.
Por Alfredo Lopes
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O agronegócio brasileiro se destaca por sua robustez e potencial, representando uma parcela significativa da economia nacional. No entanto, é essencial que este setor adote uma abordagem mais sustentável para garantir sua viabilidade a longo prazo e alinhamento com as crescentes preocupações globais sobre mudanças climáticas e preservação ambiental.
A adoção do paradigma da sustentabilidade, focado na reposição dos estoques naturais e no atendimento das demandas sociais, pode conferir ao agronegócio brasileiro um diferencial exclusivo. Isso não apenas ajuda na preservação dos recursos naturais do país, mas também aumenta a atratividade dos produtos brasileiros no mercado internacional, especialmente entre os países comprometidos com a agenda climática.
Primeiramente, a reposição dos estoques naturais envolve práticas como o reflorestamento, a agricultura regenerativa, a rotatividade de culturas, e o uso eficiente da água e de fertilizantes. Tais práticas não só mantêm a saúde do solo e aumentam a biodiversidade, mas também melhoram a qualidade e a quantidade das safras.
Do ponto de vista social, é crucial que o agronegócio brasileiro se engaje em práticas justas e equitativas. Isso inclui garantir condições de trabalho decentes, promover a inclusão de pequenos agricultores e comunidades locais nas cadeias de valor, e assegurar que o crescimento do setor não aconteça à custa de direitos humanos ou do bem-estar da população local.
Ao priorizar a sustentabilidade, o Brasil pode se posicionar como líder no mercado global de agronegócios, atraindo parceiros comerciais que valorizam práticas ambientais responsáveis e comprometimento social. Além disso, esta abordagem alinha o setor agrícola brasileiro com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, abrindo portas para novos investimentos e colaborações internacionais.
A sustentabilidade no agronegócio não é apenas uma obrigação ética e ambiental, mas também uma estratégia comercial astuta. Ela permite que o Brasil se diferencie no cenário internacional como um fornecedor de produtos agrícolas que são tanto de alta qualidade quanto produzidos de maneira responsável e ética. Este caminho pode garantir a sustentabilidade e o sucesso do agronegócio brasileiro nas próximas décadas.
As exportações do agronegócio brasileiro registraram um recorde em 2023 em termos nominais, de acordo com um levantamento divulgado pela consultoria agrícola Datagro, nesta quarta-feira 17. O estudo se baseia em dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Indústria e do Comércio.
De acordo com a pesquisa, a receita obtida com as exportações do agronegócio brasileiro alcançou os 166,78 bilhões de dólares no primeiro ano de mandato do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que representa um aumento de 5% sobre o valor observado em 2022.
Como resultado, as exportações do agronegócio corresponderam a 49,1% da receita total das exportações brasileiras no ano passado, que foi de 339,67 bilhões de dólares. Esse estágio também é um recorde. A participação do agronegócio na receita das exportações de 2022 foi de 47,5%. O último recorde havia ocorrido em 2020, quando a fatia foi de 48,1%.
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